Por que, Yaweh, permanece em silêncio e escondido neste tempo da aflições?
Com arrogância os maldosos perseguem o indefeso; que fiquem enredados em suas próprias teias!
O ambicioso se gaba de sua própria ambição, o pão duro menospreza e insulta ao Criador.
O maldoso é soberbo, não quer saber desse assunto. “O Criador não existe!” é tudo o que ele pensa.
Seus negócios têm sucesso garantido; muito além da sua compreensão está a tua Lei, por isso ele faz pouco caso dos seus inimigos,
pensando consigo mesmo: “Eu sou inabalável! Desgraça alguma me atingirá, nem a mim nem aos meus filhos e netos”.
De sua boca só saem palavras de fraudes, maldições e ameaças; violência e todo tipo de maldade estão em sua língua.
Faz emboscadas próximo aos vilarejos e às escondidas massacra o inocente.
Fica à espera como a leoa que está caçando; coloca-se de tocaia para apanhar o necessitado; agarra o pobre e o arrasta em sua rede como se fosse um peixe.
Ele espreita, se agacha, se encurva, e o infeliz cai na sua armadilha.
Imagina na sua mente: “O Criador se esqueceu; escondeu seu rosto e não vai perder tempo com isto”.
Levante-se, Yaweh! Venha em minha defesa meu Criador! Não se esqueça dos desamparados.
Por que o maldoso despreza ao Criador, dizendo em seu íntimo: “Tu não vai me cobrar nada”?
Mas tu que vê o sofrimento e a dor; e toma esses sentimentos em tuas mãos. O sofredor se entrega aos teus cuidados, pois tu é o aquele que protege o órfão.
Quebra o braço do perverso e do maldoso, pede contas de sua crueldade, até que dela nada mais seja visto.
O Criador reina todos os dias e eternamente; da sua terra desapareceram os outros povos.
Tu, Yaweh, ouves a oração dos necessitados; tu lhes fortalece o coração e atende ao seu clamor.
Defende o que não tem pai e o oprimido, a fim de que o homem, que é pó, já não aterrorize o seu próximo.
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