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domingo, 11 de abril de 2021
Textus Receptus
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Textus Receptus de Erasmo em grego e latim.
Nota: Este artigo é sobre o conceito e escola promotora do "Texto Recebido". Para outra corrente semelhante, mas alternativa, veja Texto Majoritário. Para texto-tipo ou família bizantina, veja Texto-tipo bizantino. Para explicação abrangente sobre crítica textual do Novo Testamento Grego, veja Manuscritologia bíblica.
Textus Receptus (Texto Recebido ou TR), é a denominação dada à série de impressões do Novo Testamento em grego no século XVI, que serviu de base para diversas traduções da Bíblia do século XVI ao XIX, como a Bíblia de Lutero, a Bíblia Rei Tiago ou King James e para a maioria das traduções do Novo Testamento da Reforma Protestante, inclusive a tradução portuguesa por João Ferreira de Almeida.
O Textus Receptus tem sua origem em alguns manuscritos do texto-tipo Bizantino (ou Texto Majoritário), por isso muitas vezes são confundidos como se fossem o mesmo texto.[1] Porém, há algumas diferenças entre o Textus Receptus e o Texto Bizantino (por exemplo: Atos 8:37 e 1 João 5:7-8. Portanto, o TR não deve ser confundido com o Texto Bizantino ou Majoritário.[1]
Ver artigos principais: Manuscritologia bíblica, Texto Majoritário e Texto-tipo bizantino
Índice
1História
1.1Texto Majoritário
1.2As impressões do séc. XVI
1.3O uso largo do Texto Recebido
1.4O Texto Recebido hoje
2Origem do nome
3Principais defensores
4Ver também
5Referências
6Ligações externas
História
Durante o primeiro século após a ressurreição de Cristo, os primeiros cristãos fervorosos escreveram e fixaram a Palavra. O resultado foi um conjunto de cartas e livros, chamados de “autógrafos originais”. Essas cartas e esses livros foram copiados em grego koiné e recopiados através dos séculos e distribuídos por todo o mundo.
Texto Majoritário
Ver artigo principal: Texto Majoritário
Essas cópias consistem os manuscritos do Novo Testamento. Mais de 5.500 desses manuscritos gregos sobreviveram até os dias atuais. O grande número desses manuscritos (c. 80%) apoia a chamada tradição textual bizantina ("bizantina" porque veio do mundo falante do grego da época). Por serem a maioria (c. 80%) dos manuscritos do NT, é chamado de Texto Majoritário. Esses manuscritos bizantinos formaram o que chamamos de texto tradicional do Novo Testamento,[2] de onde se origina, no século XV, o chamado Textus Receptus.[3]
Erasmo, por Hans Holbein, o Jovem.
As impressões do séc. XVI
O Textus Receptus é na verdade uma compilação dos textos contidos nestes manuscritos, de modo a compor um único texto grego contendo todo o Novo Testamento. A primeira compilação deste texto foi executada pelo teólogo, padre católico, intelectual, filósofo, humanista e estudioso Erasmo de Roterdão em 1516, o Novum Instrumentum omne. Erasmo usou 6 manuscritos gregos recentes (séc. XII em diante) disponíveis em Basileia, porém, alguns versos em Apocalipse ele traduziu da Vulgata Latina, devido a falta de manuscritos. Portanto, trata-se de uma edição crítica, embora limitada a poucos manuscritos recentes, do Novo Testamento em grego.[4]
Este NT teve posteriormente várias outras edições publicadas (1522,1527 e 1535) tanto pelo próprio Erasmo, como por Beza, Estienne, e pelos Elzevirs, entre outros.[3]
As edições consideradas como as principais representantes do Textus Receptus são as edições de Estienne de 1550 (a terceira) e a edição dos Elzevirs de 1633.[3]
Deve-se ressaltar que, apesar de todas as pesquisas e revisões dos textos gregos nas diversas edições do Textus Receptus, entre a primeira edição de Erasmo em 1516 e a edição dos Elzevirs em 1633, há uma diferença de menos de 300 palavras em 140.000 que compõem o Novo Testamento, ou seja, apenas 0,2% do total.[carece de fontes]
O uso largo do Texto Recebido
O Textus Receptus foi utilizado para a criação de várias outras traduções da Bíblia para várias outras línguas, como as Bíblias de Lutero em 1522, a de Tyndale em 1526, e a do rei James em 1611, e também para a tradução de João Ferreira de Almeida para o português em 1681. É importante, neste ponto, notarmos que o Textus Receptus, diretamente ou através de uma de suas traduções, foi aceito pelas igrejas protestantes após a Reforma, e que esta posição se manteve intocável, no Brasil, até meados do século XX.
O Texto Recebido hoje
A partir do final do século XIX, com publicação do texto de manuscritos mais antigos do Novo Testamento, a maioria das traduções bíblicas usa os chamados textos críticos, isto é, estabelecidos através da crítica textual e baseados principalmente nos Códex Sinaiticus e Vaticanus, não sem controvérsia daqueles que ainda preferem o Textus Receptus.[5]
Ver artigos principais: Texto Crítico, Novum Testamentum Graece e O Novo Testamento no Grego Original
Nos dias de hoje, uma tradução da Bíblia que continua mantendo exclusivamente o Textus Receptus como base do Novo Testamento, é a Bíblia Almeida Corrigida Fiel (ACF) publicada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB).[6] As outras Almeidas, que são publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), passaram a se basear no Texto Crítico ou em ambos os textos, em alguns pontos, como a Almeida Revista e Corrigida (ARC).[carece de fontes]
Origem do nome
A denominação "Textus Receptus", tem sua origem no prefácio da edição de 1633 dos irmãos Bonnaventura e Abraão Elzevir que diz em latim: "Textum ergo habes nunc ab omnibus receptum, in quo nihil immutatum aut corruptum damus" (em tradução livre: Tens, portanto, o texto agora recebido por todos, no qual nada oferecemos de alterado ou corrupto). As palavras "textum" e "receptum" foram utilizadas no caso nominativo para formar "Textus Receptus".[carece de fontes]
Principais defensores
Atualmente é defendido por uma minoria de estudiosos, considerados, pelos que adotam teoria contrária, como fundamentalistas ou fanáticos. A Trinitarian Bible Society e Sociedade Bíblia Trinitariana do Brasil e seus associados são os principais defensores do TR.[7][3]
Ver também
Manuscritologia bíblica (Critica textual da Bíblia ou Baixa Crítica)
Texto Majoritário
Texto-tipo bizantino
Texto-tipo alexandino
Texto-tipo ocidental
Novum Testamentum Graece (NTG/Neslte-Aland e GNT/UBS)
O Novo Testamento no Grego Original (Westcott-Hort)
Novo Testamento
Filologia
Crítica textual (aplicação geral)
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