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sexta-feira, 3 de março de 2017

O Cristão Divorciado pode Casar-se Novamente?




"Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
Romanos 13:9



Dentre alguns tópicos das Escrituras sobre os quais alguns cristãos chegam a se envolver em acaloradas discussões, este é um dos mais frequentes: Pode ou não um cristão divorciado tornar a se casar?

Antes de entrarmos, propriamente, no assunto em questão, gostaria de lembrar que, hoje, vivemos em um mundo enlouquecido e caótico, o qual vem apresentando uma crescente rejeição a Deus e a Seus princípios, bem como criando situações de grande confusão, e aqui estamos falando de relacionamentos pessoais, mais especificamente. São muitos os modelos de estranhos e bizarros relacionamentos afetivos que os homens têm adotado nos últimos anos, causa direta da infelicidade e da ruína de muitas famílias. Para citarmos um dos mais grotescos exemplos de caos em relacionamentos afetivos de que tivemos notícia, iremos exemplificar com um caso que nós mesmos presenciamos:

Houve um casal que iniciou sua vida conjugal tendo um filho pouco depois da união de ambos. Por algum tempo, o casamento seguiu seu rumo e o filho foi sendo criado e educado pelos pais. Inesperadamente, a esposa começou a se envolver em um relacionamento homossexual com uma mulher. O casal original veio, então, a separar-se e a esposa passou a viver com sua “companheira”. Passado algum tempo, ambas decidiram que queriam ter um filho. Porém, em se tratando de duas mulheres, como poderiam ter um filho? A adoção não foi o modo escolhido e o que se segue é, realmente, incrível! As mulheres “companheiras” decidiram que uma delas geraria um filho através de inseminação artificial. E a escolhida para ser mãe foi a mulher que se uniu à que, anteriormente, era a esposa do casal que citei no início. E para espanto de nossa parte, o doador do sêmem para a inseminação foi o filho da que fora, anteriormente, casada, ou seja, o filho que a mulher teve com seu esposo antes de se unir à sua “companheira”. E esta aberração foi levada à cabo, tendo nascido uma criança que era filha do filho da esposa que havia abandonado seu marido! Porém, no “novo status” de relacionamento, este neto da que fora esposa, agora passara a ser o filho de um casal de lésbicas, enquanto na verdade, a criança era neta legítima de sua avó, a qual era agora “companheira” da mãe de seu neto. E seu neto (filho de seu filho que inseminara a mulher com quem agora ela vivia) era agora o "filho" do casal de lésbicas !!!

Loucuras como estas nunca jamais foram aceitas por Deus, e ocorrem em um mundo dominado pelas infindáveis discordâncias que os homens têm entre si sobre quase tudo, e isto devido à negligência e ao desprezo que têm por Deus e por Sua palavra. Porém, embora nunca mais tenhamos tido contato com nenhuma das pessoas envolvidas naquela bizarra situação, suponhamos que todos eles tenham se convertido ao Senhor Jesus Cristo. Estariam todos condenados ao inferno, se vieram a Cristo? Isto não seria possível, pois Ele não se contradiz e foi Ele mesmo quem afirmou:

"Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" João 6:37

Se vieram a Cristo, de coração sincero, foram perdoados, porém aquela confusão, certamente seria organizada por Deus, de algum modo, segundo a Sua infinita e elevadíssima sabedoria, sem que Ele se contradissesse ou revogasse qualquer um de Seus princípios, pois sabemos que Deus não muda, assim como não mudam as Suas palavras.

Outra confusão, também impressionante, embora completamente diferente da citada acima, também ocorreu em Israel, no reinado de Davi, quando este ordenou que Urias, o marido de uma mulher que o rei Davi cobiçava, fosse posto na frente de um campo de batalha a fim de ser morto e, conseqüentemente, de acordo com os planos escusos de Davi, a mulher de Urias, Bate-Seba, viria a ser por Davi tomada por mulher. Era este o seu intento:

“Pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e lha mandou por mão de Urias. Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e deixai-o sozinho, para que seja ferido e morra.” 2 Samuel 11:14,15

O Senhor Deus, evidentemente, de tudo isto sabia, e após a repreensão que, através do profeta Natã, o Senhor proferiu contra Davi, este se arrependeu, embora, mesmo assim, aprouve a Deus tirar a vida da criança que nasceu da união de Davi e Bate-Seba. Porém, Bate-Seba continuou a ser mulher de Davi, e lhe deu à luz um filho, a saber Salomão, e que consta na genealogia do Senhor Jesus Cristo:

"Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias; Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; Asa gerou a Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias; Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a Amom; Amom, a Josias; Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor; Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde; Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar, a Matã; Matã, a Jacó. E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo." Mateus 1:1-16

Tudo o que, até agora, foi escrito neste artigo tem por finalidade por em evidência aquilo que o próprio Deus afirmou:

"Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" Oséias 6:6

"Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem" Salmos 103:11

"Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" Provérbios 3:6

O Matrimônio e o Adultério

Esta é uma das mais enfáticas afirmações das Escrituras sobre a seriedade do Matrimônio e de como Deus, que o criou, zela por aquilo o que Ele mesmo instituiu e estabeleceu:

"Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" Hebreus 13:4

Todo cristão tem conhecimento e consciência de que o matrimônio precisa ser honrado e que o adultério precisa ser repudiado e desencorajado por nós que tememos a Deus. Uma definição simples do que é adultério pode ser esta: "infidelidade conjugal", e esta nos basta para os propósitos deste artigo. E este pecado é condenável aos olhos de Deus.

Sobre o Divórcio e o Novo Casamento do Divorciado

Já no Antigo Testamento encontramos referências ao divórcio permitido por Deus. Vejamos uma delas:

"Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança." Deuteronômio 24:1-4

Este trecho do Antigo Testamento mostra que é lícito à uma mulher que recebeu Carta de Divórcio tornar a casar-se. Evidentemente que se esta mulher, de que fala a Bíblia, tornasse a se unir ao seu antigo marido, após ter sido esposa de outro homem, isto seria uma abominação, pois o termo de divórcio encerrou o matrimônio anterior. Biblicamente, seu segundo marido era agora seu atual marido. O antigo marido estaria se unindo à mulher de outro homem, a despeito do primeiro já ter sido seu esposo. Lembrando, contudo, que estas disposições estão na Lei da Antiga Aliança.

Também em Números, vemos outra referência a mulheres divorciadas que serviam diante de Deus:

"No tocante ao voto da viúva ou da divorciada, tudo com que se obrigar lhe será válido." Números 30:9

Há um trecho na Epístola de Paulo aos Romanos que tem sido utilizado por aqueles que afirmam que uma mulher divorciada não pode se casar novamente, a não ser se seu marido morra:

"Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus." Romanos 7:1-4

Agora analisamos, cuidadosamente, sublinhando alguns pontos-chaves que dizem respeito ao assunto de que estamos tratando:

"Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada* está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus." Romanos 7:1-4

* Aqui a Bíblia está se referindo à uma mulher casada, não divorciada!

Paulo está usando o exemplo da Lei Conjugal da Lei de Moisés, a fim de demonstrar que já não mais vivemos debaixo dos mandamentos da Lei de Moisés, segundo a Antiga Aliança. Foi este o motivo principal de Paulo ter usado o exemplo do matrimônio, a fim de demonstrar que estamos mortos relativamente à lei e que vivemos no tempo da Graça a nós proporcionada pelo sacrifício do Senhor Jesus Cristo. Além do que, estando a mulher casada, segundo a Lei Mosaica, a mulher não poderia casar-se novamente, a não ser que o marido morresse, ou que lhe desse carta de divórcio, como visto acima no trecho bíblico de Deuteronômio 24:1-4

Outro trecho bíblico que estabelece uma condição especial à separação de um casal é este:

"Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz." 1 Coríntios 7:12-15

As Palavras do Senhor Jesus Cristo, o Autor do Antigo e do Novo Testamento

Comecemos por ouvir o Senhor Jesus quando Ele diz:

"Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério." Mateus 5:31,32

Analisando, cuidadosamente, estas palavras do Mestre, e no temor de Deus, vejamos que a ênfase destas palavras não é sobre o divórcio, mas sobre o repúdio ao cônjuge e ao adultério para o que o Senhor nos apresenta uma concessão, no caso "de relações sexuais ilícitas". Neste ponto, encontramos aquele que, talvez, seja o mais complexo tópico de toda esta questão: O que significam essas "relações sexuais ilícitas"? Aqui a palavra grega traduzida para "relações sexuais ilícitas" é porneia. O significado desta palavra tem sido motivo de muitos estudos, a nós parecendo que a melhor conclusão a que podemos chegar no que tange a este vocábulo grego é que ele não é restritivo, antes é significativamente amplo. Eis alguns deles: "Imoralidade"; "fornicação"; "casamento ilícito"; "infidelidade"; "prostituição"; "atividade sexual ilícita" (aqui podendo abranger uma enorme gama de atividades: Incesto, homossexualismo, pedofilia, bestialidade, necrofilia, coprofilia, para nomear algumas). É deste vocábulo grego que derivam os termos pornografia e pornográfico.Uma vez que o significado deste vocábulo é tão amplo, mesmo nas páginas do Novo Testamento, nos parece inapropriado que qualquer pessoa, ou grupo de pessoas, possa declarar dogmaticamente que o Senhor Jesus tivesse apenas um único significado específico deste termo quando Ele apresentou a "cláusula de excessão" a fim de que um homem tenha a permissão para repudiar sua mulher. E se foi o próprio Senhor Jesus quem decidiu escolher um vocábulo com amplas aplicações, parece óbvio que o Senhor desejou conferir a esta excessão um caráter muito mais amplo do que restritivo. E isto porque qualquer uma das aplicações do termo porneia pode ser suficiente para comprometer, senão mesmo destruir completamente, um matrimônio. E para apoiar esta visão, temos o trecho bíblico de Hebreus 13:4, onde a palavra "impuro", no original grego é pornos (aquele que pratica porneia). O trecho bíblico em questão mostra, de modo inequívoco, que porneia é danoso ao matrimônio:

"Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" Hebreus 13:4

O Senhor Jesus não parece estar se referindo a alguém que se case com uma mulher divorciada, mas com uma mulher repudiada por seu marido, pois neste caso, a repudiada ainda permanece sendo esposa daquele que a repudiou. Logo, se alguém se casa com a mulher de outro homem, mesmo que este a tenha repudiado, estará cometendo adultério. Isto é algo histórico, pois houve, e há, mulheres repudiadas e abandonadas por seus maridos, as quais nunca jamais receberam Carta de Divórcio. Mais:

"Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério. Mateus 19: 3-9

Este trecho bíblico parece poder pôr um fim a esta questão, se bem o compreendermos. Vamos estudá-lo:

Vejam a pergunta dos fariseus que estavam experimentando o Senhor Jesus a fim de procurar pegá-lo em alguma contradição ou falha, para depois terem o de que o acusar:

"É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?"

Observemos que a preocupação dos fariseus era com o repúdio de maridos para com suas mulheres, e chegaram a inferir na pergunta uma curiosa expressão: "por qualquer motivo". O povo judeu já estava dramaticamente corrompido naquele tempo, sendo o adultério e o repúdio vulgar de suas esposas algo corriqueiro. Em outras palavras, o respeito ao matrimônio, exigido por Deus, havia caído a níveis inadmissíveis entre os judeus. Tanto é assim que a resposta dada pelo Senhor reafirma a grande importância que Ele dá ao matrimônio que Ele mesmo instituiu:

"Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem."

Porém, insistiram os fariseus e disseram: "Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?". E aqui notemos uma distinção entre "dar carta de divórcio" e "repudiar". Eis a resposta do Senhor Jesus: "Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio." E esta referência que o Senhor Jesus faz é ao que está escrito no Antigo Testamento, em uma passagem bíblica que já mencionamos acima e nos convém repeti-la aqui:

"Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança." Deuteronômio 24:1-4

E aqui o Senhor Jesus reafirma esta concessão feita por Deus:

"Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério." Mateus 19:2

As conclusões a que podemos chegar são as seguintes:

1-A separação conjugal não é o ideal se atentarmos para a Palavra de Deus.

2-O Matrimônio deve ser honrado de modo solene por todos os que temem e amam a Deus. Embora este mandamento seja dirigido a todos os homens de todas as etnias e raças, em qualquer lugar da terra.

3-A única concessão dada por Deus para o repúdio de um cônjuge é no caso de relações sexuais ilícitas (porneia).

4-Quem casa com um cônjuge repudiado (ou simplesmente separado), porém não divorciado, comete adultério.

5-O repúdio a um cônjuge não é a mesma coisa que dar Carta de Divórcio. Um cônjuge pode ser repudiado e receber a Carta de Divórcio, o que encerra o contrato do matrimônio, mas pode também permanecer repudiado e não divorciado, o que significa que o contrato matrimonial permanecerá em vigência até que o divórcio seja consumado.

6-O Novo Testamento não contém nenhum rol de mandamentos especificando quais as situações em que um cônjuge pode dar Carta de Divórcio ao outro, contém, isto sim, uma condição específica, porém bastante abrangente, em forma de concessão divina para o repúdio do cônjuge, que são as relações sexuais ilícitas, o que já foi explicado acima. Todavia, fundamentados nas palavras do Senhor Jesus, em Mateus 19:2, entendemos que a separação de um casal por motivos débeis ou pouco significativos não é permitida por Deus e é pecado, se constituindo em desonra do matrimônio, pois há pessoas que se separam por motivos fúteis, tais como: "não levar a esposa para passear"; "não lhe dar presentes"; "porque um dos dois engordou"; "não entram em acordo sobre a programação da tv que um ou outro deseja assistir"; "a esposa cozinha mal"; "o marido tem mau hálito", e outras situações semelhantes. É, pois, evidente, que a Bíblia não apóia esta categoria de separação matrimonial.

7-As Escrituras, solenemente, desencorajam tanto o repúdio quanto o dar Carta de Divórcio, afirmando Deus que prefere o perdão entre os cônjuges ao repúdio e ao divórcio, mesmo em se tratando de relações sexuais ilícitas.

8-É nossa opinião que um cristão já divorciado, pode casar-se novamente, desde que tanto o divórcio quanto o novo casamento ocorram dentro dos limites e dos padrões bíblicos.

Este estudo procurou apresentar aos cristãos um quadro objetivo, porém de genérica abrangência, sobre a questão do casamento de pessoas cristãs divorciadas. Todavia, cada caso deve ser analisado e avaliado, isoladamente, diante de Deus, a fim de que se possa tomar a decisão mais acertada. Deus está sempre disposto a nos ouvir em Seu indescritível amor e em Sua infinita sabedoria e incomparável poder. O melhor que cada um tem a fazer é orar a Deus e consultar as Escrituras.

"O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga?" Salmos 94:9







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