É impossível separar o avanço do reino de Deus da atitude de mães abnegadas, de mulheres que deram a si mesmas e a seus filhos para fazerem a obra de Deus.
Uma das mais belas páginas da história evangélica do nosso país, começou além fronteiras. O missionário pioneiro do Presbiterianismo no Brasil foi Ashbel Green Simonton. Ele chegou ao Brasil no dia 12 de Agosto de 1859, com vinte e seis anos de idade. Seu pai era presbítero, médico e deputado federal.
Quando Simonton, o nono filho, o caçula, nasceu, seus pais o levaram à igreja e o consagram ao Senhor, dizendo: “Deus, nós consagramos o nosso filho caçula para a tua obra.”
O menino cresceu e tornou-se um jovem brilhante e dotado de rara inteligência. Na juventude, recebeu o chamado de Deus para o ministério e logo entrou no Seminário de Princeton, em New Jersey, Estados Unidos. Fez um curso brilhante. Terminado os estudos, depois de ouvir um sermão de Charles Hodge, Deus o chamou para ser missionário no Brasil.
Muitos tentaram demovê-lo, dizendo: “Simonton, você é louco em deixar a sua mãe já idosa, seu país, sua cidade, seus amigos, seus parentes, sua igreja, o conforto e as regalias desta terra, para ir para um país tão distante, tão pobre e tão devastado por doenças endêmicas. Isso não é seguro para você.”
Mas, Simonton respondeu: “Não há lugar mais perigoso para um homem, ainda que cercado de conforto, do que fora da vontade de Deus. Não há lugar mais seguro para se estar, ainda que entrincheirado por perigos, do que no centro da vontade de Deus.”
Simonton teve um meteórico ministério no Brasil. Apenas oito anos. Ele morreu em São Paulo aos trinta e quatro anos, mas deixou plantada em solo pátrio a Igreja Presbiteriana do Brasil e outras marcas indeléveis na história da nação brasileira. A história da evangelização do nosso país, é devedor à consagração de uma mãe e de um pai, que colocaram no altar do Senhor uma criança, rogando a Deus que realizasse nele seus soberanos propósitos.
Mãe, o que você espera dos seus filhos? Quais são os sonhos que você tem para eles? Os nossos filhos devem ser mais filhos de Deus do que nossos. Devem viver para realizar os projetos de Deus e não os nossos. Devem ser coroas de glória nas mãos do Senhor e não troféus da nossa vaidade.
Devem ser instrumentos usados por Deus para expansão do seu Reino, e não apenas pessoas bem-sucedidas na vida. Devem levantar as antigas ruínas dessa civilização que tem se afastado de Deus, e não parte dessa ruína. Devem ser reparadores de brechas a fim de que esta nação venha a conhecer o Senhor.
Mãe, coloque o melhor que você tem, os seus filhos, no altar de Deus. Faça como Ana, mãe de Samuel, que depois de orar muitos anos por um filho, ao recebê-lo, devolveu-o para Deus. Ana compreendeu que Samuel tinha vindo de Deus, era de Deus e precisava ser consagrado de volta para Deus.
Esse filho, foi levantado por Deus num tempo de crise, para ser o maior profeta, o maior sacerdote e o maior juiz de sua geração. Samuel foi o homem que trouxe de volta a nação apóstata para a presença de Deus. Oh, que Deus nos dê mães, que ousem consagrar seus filhos à causa mais urgente e mais importante do mundo, a causa do evangelho! (por Hernandes Dias Lopes)
Fonte: Revista Eclésia
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