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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A banda Catedral e a Falsa Polêmica



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a banda completa 25 anos em 2013
Quando a banda Catedral decidiu “desrotular” sua música, tocando para todos os públicos, tal iniciativa soou, aos olhos de muitos, como algo além da ousadia. Em 1999 a banda lança o CD intitulado “A Revolução”, trazendo no encarte a informação que todos, na prática, já sabiam: a banda fazia um som sem rótulos, aberto e para todos que desejassem escutar. De fato, a banda Catedral sempre agregou em seu público não só cristão, mas também uma juventude afim de um bom show, uma boa música. Era comum nos shows da banda, por exemplo, encontrar inúmeros fãs da Legião Urbana ou de outros seguimentos. Segundo o vocalista da banda, em uma entrevista antiga “A banda sempre foi muito plural.” Era exatamente esse “plural” que incomodava.
                                A musica cristã e a censura
O seguimento religioso sempre foi um ambiente complexo para a música. O próprio termo “Gospel” era visto com outros olhos pelas lideranças das igrejas e, consequentemente, a mídia cristã. Uma das poucas coisas que se falam no meio evangélico é sobre a censura. Ora, para um determinado artista tocar sua música nas rádios existe todo um pré-julgamento, uma pré-seleção onde, infelizmente, prevalece a origem denominacional do artista em detrimento de sua arte. Ou seja, não basta ser um bom músico, ter um trabalho coerente, o que determina se uma música vai tocar nas rádios, ou se os fieis poderão (ou não) escutar determinado artista depende de outras decisões pré-estabelecidas, algumas que fogem dos critérios habituais.
Bandas como Fruto Sagrado ou cantores como DJ Alpiste eram censurados previamente em diversas rádios do país. João Alexandre, grande nome da música cristã e grande músico sempre foi visto como um “rebelde”, tendo sua música pouco divulgada até hoje, sobretudo por seguimentos mais conservadores. Um dos maiores casos de censura por meio do seguimento evangélico foi nos anos 90, com a cantora Aline Barros. Várias rádios e igrejas simplesmente proibiram os fieis de cantarem suas músicas nas igrejas ou, simplesmente, comprarem seus discos. Algumas rádios ligadas a essa ala “conservadora” simplesmente pararam de tocar as músicas da artista. O motivo: ela teria ido ao programa da Xuxa e a chamado de “Rainha”.
                         

                             Aí surgiu a força da música Gospel
A chamada música Gospel ganhou força no Brasil a partir do final dos anos 80. Inúmeras bandas e grupos musicais surgiram, criando um novo momento e cenário para a chamada musica cristã. O termo Gospel não tem nada demais (Gospel vem do inglês e significa “evangelho”) mais gerou muita confusão por parte de alguns líderes religiosos. Fruto Sagrado, Resgate, Katsbarnea, Oficina G3 e Novo Som são alguns exemplos da chamada nova música evangélica, “Gospel”. A banda Catedral surge nesse momento. Em 1988 o grupo lança seu primeiro LP, intitulado “Você” e logo atrai atenção por sua música diferenciada. A banda ia mais além da simples panfletagem religiosa, ou da evangelização propriamente dita. Com arranjos bem elaborados e letras bem escritas a banda logo atraiu a atenção da juventude. Em pouco tempo a banda já era a novidade na chamada música gospel, mesmo sem usarem esse termo abertamente. Eram outros tempos.
 
                         A banda Catedral e o ódio silencioso

Em pouco tempo a banda já se apresentava como o maior artista do meio cristão. Sua música tocava em todas as rádios do país e o grupo fazia shows cada vez mais lotados e nas maiores casas de shows das capitais. Em 12 anos de mercado Gospel a banda realizou tudo que era possível enquanto artista se enquadrando como um dos maiores fenômenos musicais até hoje desse seguimento. Claro que esse espaço não foi conquistado apenas pela simpatia aos músicos: a banda produz um disco por ano, Kim, o vocalista possui uma carreira solo e a própria seleção musical do grupo conseguia atrair um público realmente diverso. Isso causou certo medo por parte de certas denominações e lideranças da época e como não podiam atacar abertamente o grupo por medo de perder fieis, sobretudo os jovens, resolveram atacar silenciosamente. Em 2001 a banda passa por um processo difícil. (Uma entrevista a um site intitulado “Usina do Som”, extinto), declarando que a banda teria “negado suas origens religiosas, indo ao programa do Jô, entre outras coisas”. A matéria durou pouco tempo em circulação, mesmo assim, de uma maneira até hoje desconhecida, todas as rádios, igrejas e lideranças religiosas do país receberam seu conteúdo e, em dias, o cerco ao redor do grupo estava feito. A banda foi praticamente banida do mundo gospel.
              Antes de ser Para todo mundo houve uma Revolução
           
            Discos e CDs quebrados, encartes rasgados, fotos queimadas pelas ruas. Tudo parece uma cena de filme de terror, mas não foi. As rádios liam a nota sobre a saída da banda Catedral do meio gospel várias vezes ao dia. As rádios já não tocavam mais as músicas do grupo, as lojas não vendiam mais os CDs e, nas igrejas, a juventude era advertida a “livrar-se de tudo que fizesse menção ao grupo”. Lembro de achar, na rua, um encarte do CD “O Sentido”, de 1995, rasgado e levar pra casa. O, porém é que, em 1999 a banda já não era mais considerada um grupo estritamente Cristão. A própria gravadora havia impulsionado a banda a ampliar seus horizontes musicais. Aliás, já no início dos anos 90 a banda queria desrotular sua música, levando sua arte para todos os seguimentos. Em 2000 o grupo lança seu primeiro trabalho fora de sua antiga gravadora, (MK) com um título bastante sugestivo: “Para Todo Mundo”. A música de trabalho andava bem (Uma Canção de Amor Pra você), porém, aparentemente, o sucesso do grupo não deixou sua antiga gravadora feliz. Ela mesma divulgou a nota que deixou a banda em uma situação bem ruim, especialmente com os fãs.
A banda acabou tendo que começar tudo do zero, mostrando-se como ama banda realmente nova para o grande mercado. O outro lado da história, a versão grupo, já não importava para o novo momento. O que o público não levou em consideração foi o fato do grupo já ter feito tudo que se podia na música gospel. Catedral era, de longe, o grupo mais bem pago e mais premiado da história da música evangélica. Os shows da banda eram de lotar estádios. A mesma gravadora que lançou a banda para o mercado secular também cuidou de manchar o nome do conjunto. Até hoje, por exemplo, há antigos fãs que juram terem visto a banda dando entrevista no programa do Jô, coisa que nunca aconteceu.
Hoje, com quase 25 anos de formação, o grupo já superou todo tipo de barreiras, Tendo gravado vários discos, DVDs e fazendo shows por todo o país, a cada dia se amplia sua influencia na música nacional e abanda vem vencendo barreiras.

Fonte: https://papobla.wordpress.com/2013/10/26/a-banda-catedral-e-a-falsa-polemica/












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