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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Nonato Silva – o celibato (voluntário) foi feito para o homem, e não o homem para o celibato (obrigatório)


O ministério sacerdotal de Nonato Silva, 84, durou apenas oito anos e está espremido entre sua ordenação (1945) e seu casamento (1953). Doutor em filologia romântica, Nonato está casado pela segunda vez (a primeira esposa morreu em 1992) e tem um filho e dois netos.

Ele enxerga quatro linhas de ação na história do celibato no Brasil. Do século 17 aos primórdios do século 20, a lei do celibato era inócua e os padres faziam sexo a torto e a direito.

Na primeira metade do século 20, os padres quebravam o celibato, casavam-se no civil ou viviam maritalmente, mas se afastavam das funções sacerdotais, por vontade própria ou por imposição episcopal. Na segunda metade do século 20, os padres se desincompatibilizavam do múnus sacerdotal e casavam-se, ora no civil ora no religioso. No presente, a tendência é em direção ao homossexualismo, à libidinagem, ao aliciamento de menores, ao atentado ao pudor, à violência sexual, ao estupro, ao lesbianismo entre as monjas. Segundo Nonato, “trata-se de verdade inconcussa e inabalável, aqui e no mundo”.

Essas informações estão no pequeno livro Filhos da Batina, escrito por Nonato Silva e publicado pela Editora Ser (Caixa Postal 50 – CEP 70359-790 – Brasília, DF). O autor cita em ordem alfabética e não cronológica o nome de 44 sacerdotes que “filharam sem despir-se da batina, em pleno exercício sacerdotal, bem como seus descendentes”.

Dos 44 padres citados, cinco “se casaram” com duas mulheres, um com três e outro com quatro. O quanto se saiba, pelo menos treze desses padres tiveram, cada um, mais de seis filhos, alguns dos quais se tornaram famosos, como o jurista Clóvis Beviláqua (1859-1944), o escritor José de Alencar (1829-1877) e o abolicionista José do Patrocínio (1853-1905). Curiosamente, entre os filhos gerados “por baixo dos panos, com batina e tudo”, cinco tornaram-se padres, inclusive o avô de José de Alencar, o que quer dizer que o autor de O Guarani era filho e neto de padres. Dos nove filhos do padre Simão Estelita Lopes Zeles, quatro tinham nomes bíblicos (Absalão, Salomão, Samuel e Sansão). A mãe dos meninos chamava-se Margarida Gonçalves do Amor Divino e três filhos tinham o sobrenome Lopes do Espírito Santo.

Nonato Silva, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, garante que sua “acurada pesquisa histórica” é “sem requinte de alarde nem exibição de escândalo, sem provocação e mal-estar nem eco de vingança”.


fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/277/nonato-silva-o-celibato-voluntario-foi-feito-para-o-homem-e-nao-o-homem-para-o-celibato-obrigatorio

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