Conhecido como Contrabandista de Deus, ele distribuiu milhões de Bíblias na antiga União Soviética
Leiliane Lopes - 27/09/2022 20h27 | atualizado em 27/09/2022 21h21
Irmão André foi o fundador da Missão Portas Abertas Foto: Divulgação
Faleceu nesta terça-feira (27) o Irmão André, 94 anos, um evangélico holandês que ficou mundialmente conhecido por contrabandear Bíblias para países comunistas fechados para o Evangelho.
O Contrabandista de Deus, como é conhecido, é o nome por trás da Portas Abertas, organização internacional que visa apoiar a Igreja perseguida em todo mundo.
Seu nome verdadeiro é Anne van der Bilj, mas adotou o nome de André como codinome para poder atuar levando a Palavra de Deus para povos não alcançados.
A bordo de um Volkswagen Beetle azul, o missionário viveu muitas aventuras que foram contadas no livro O Contrabandista de Deus, lançado em 1967, que alcançou mais de 10 milhões de cópias vendidas e foi traduzido para 40 idiomas.
Apesar do trabalho virtuoso em favor dos cristãos perseguidos, o Irmão André nunca aceitou glórias pelo seu trabalho.
– Sou apenas um cara comum. O que eu fiz, qualquer um pode fazer – dizia ele quando era tratado como um herói.
Ele conseguiu levar exemplares da Bíblia para países como Polônia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Alemanha Oriental, Bulgária e outros países do bloco soviético na década de 50. O total de exemplares distribuídos por ele é desconhecido, mas as estimativas chegam a milhões.
Além dos países da antiga União Soviética, o missionário percorreu muitas outras nações. Estima-se 125 países no total, percorrendo mais de 1 milhão de milhas.
SESSENTA E CINCO ANOS DE PORTAS ABERTAS
O amor do missionário holandês pelos cristãos perseguidos resultou na missão Portas Abertas, o mais antigo ministério internacional em favor dos cristãos perseguidos.
A Portas Abertas comemorou 65 anos de ministério em 2020 e hoje trabalha em mais de 60 países. A missão conta com mais de 1.400 colaboradores globalmente, com o propósito de apoiar e fortalecer cristãos perseguidos e igrejas em países onde há perseguição.
– O irmão André nos deixa um exemplo de obediência ao Senhor e ao seu chamado. Foi obediente a ponto de colocar muitas vezes em risco a sua própria vida. Ele não media esforços para seguir o chamado recebido de Deus e servir aos cristãos perseguidos. Como ele mesmo dizia: “Claro que é perigoso, mas é mais perigoso não obedecer a Deus. Segurança é algo que não está em jogo quando se trata da Grande Comissão” – declarou o secretário-geral da Portas Abertas no Brasil, Marco Cruz.
fonte: pleno news
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