Defesa da família do pastor Anderson do Carmo pediu que Ministério Público investigue novo relato sobre comunicação entre deputada e os filhos
Ana Luiza Menezes - 02/10/2020 16h51
Deputada federal Flordelis Foto: Reprodução
Segundo a defesa da família do pastor Anderson do Carmo, Flordelis teria enviado um representante para se comunicar com os filhos que estão presos. O caso foi informado à Justiça, segundo a CNN Brasil.
Um advogado disse que a pessoa enviada por Flordelis seria Paula Barros, funcionária do gabinete da deputada.
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Um documento, anexado ao processo sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, apontou que “as supostas visitas, feitas por essa suposta visitante, em tese, é de servir de mensageira da ré Flordelis dos Santos de Souza, mantendo o domínio da denunciada sobre os filhos no interior das unidades prisionais”, afirmando, ainda, que “se comprovados, os fatos narrados são gravíssimos e que, em tese, é uma afronta à determinação judicial”.
O advogado de acusação pediu ao Ministério público que investigue o relato “com rigor”, visto que a comunicação entre Flordelis e os filhos presos está proibida após a medida cautelar imposta pela juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal.
A defesa de Flordelis disse não conhecer as acusações.
– A defesa da deputada Flordelis desconhece estas ilações levantadas pelo assistente de acusação, baseados no ‘ouvir dizer’. Tal atitude causa tumulto processual. A defesa espera que o juízo defira este pedido para ficar comprovado que tais afirmações são mentirosas e somente tem finalidade de tumultuar e causar sensacionalismo desnecessário. Apesar da lei não conferir esta atribuição ao auxiliar do ministério público, esperamos realmente que o juiz acate o pedido deste para ficar evidenciado a afirmação mentirosa. Utilizar de pedidos judiciais com expressões ‘em tese’ e ‘supostamente’ já evidenciam a fragilidade das afirmações – apontaram os advogados da parlamentar.
Por meio de nota, a assessoria de Paula Barros, citada pela defesa da família do pastor Anderson, negou a acusação e disse que ela não exerce mais o posto de assessora da deputada desde agosto.
– Informamos ainda, que Paula jamais fez intermediações ou realizou qualquer tipo de visita aos familiares ou filhos da deputada nas unidades prisionais, seja no período que trabalhou como assessora parlamentar ou atualmente, em sua função de psicóloga da mesma e nem possui ou solicitou, como inveridicamente informado na matéria, carteira de visitante de unidade prisional – informou.
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