Meditação na carta aos Hebreus dos caps 1 a 5.
Purificados dos pecados.
Tenho dificuldades para entender onde está o evangelho, no evangelho que é pregado hoje. Meditando na carta aos Hebreus o autor traz importantes revelações sobre a obra redentora de Cristo. Mostra o quanto Ele é superior aos anjos, sendo Ele não só o filho único de Deus, mas também aquele que sustenta todo o universo, conhecido e desconhecido por nós, com a sua Palavra. Mostra como esse ser de poder e glória incalculáveis, foi enviado e veio por vontade própria, para vencer ele mesmo em carne e osso, os maiores flagelos da humanidade do qual resultam todos os outros: o pecado e a sua consequência direta, a morte. Porque não entendo o evangelho de hoje, pregado nas igrejas do Sistema Religioso? Porque esse "evangelho" não conduz á obra fundamental de Cristo: a purificação do pecado. O ser mais poderoso do universo, limitou-se a si mesmo para caber em um corpo de carne, com estatura comum humana, para vencer na carne o mal que nos vencia. Ele veio, sentiu fome, frio, dor, solidão, sentiu na carne o desespero que é viver entre os seres com um propósito claro e específico: vencer o pecado na própria carne. Assim o Cristo descendente na carne dos patriarcas judeus, e descendente do primeiro homem caído, venceu onde todos os seres humanos falharam, tornando-se assim o sumo sacerdote de toda a humanidade. Entrou no Santíssimo Lugar e nos purificou de todos os pecados. Do passado, do presente e do futuro. Pode um "evangelho" que não fala do pecado salvar? Esse evangelho que fala de carros, motos, casas, viagens, hotéis, dízimos e ofertas, pode salvar o homem do pecado e da morte? Não.
Pois o evangelho da graça de Cristo nos salva. Ele mostra que todos pecaram. Que todos precisam da graça de Deus. E que todos que crerem em Cristo e clamarem pelo perdão dos seus pecados receberão. Aí começa uma caminhada rumo a eternidade. Toda humanidade foi purificada? Foi. Mas então porque não vivem todos a vida eterna ao lado do Pai? Porque nem todos assumem serem pecadores, nem todos aceitam que precisam de purificação e vão humildemente a Cristo se purificarem. Certa vez um homem que tinha dois filhos decidiu repartir seus bens em vida para seus dois herdeiros e depositou em bancos para eles vultuosas quantias em dinheiro. Ambos passavam por dificuldades e precisavam da ajuda do Pai, caso contrário faliriam e caíriam em miséria. O Pai explicou a ambos seus planos e lhes deu o acesso para as contas em seus nomes. Um dos filhos cheio de mágoas contra o Pai, rilhou os dentes e disse: ainda que morra na sarjeta, nunca jamais, comerei e viverei com um centavo que venha de ti. Virando as costas foi embora.
O outro vendo a preocupação do Pai com dois filhos igualmente rebeldes e desobedientes percebeu que o amor desse Pai era grandioso e disse com lágrimas nos olhos: Pai, a muitos anos eu não falo contigo e até mesmo nem lembro a última vez que te beijei. Me perdoa Pai, pois não quero somente a tua herança, mas deixa-me de novo viver e habitar contigo.
O Pai comovido respondeu: Meu filho, o que mais quero é que meus filhos vivam comigo, com todo o carinho e cuidado que posso proporcionar. Venha comigo.
E é por isso que nem todos recebem a purificação dos pecados, amigos. Ela está lá esperando por eles. Mas nem todos são humildes diante do Pai, e clamam pela purificação dos seus pecados e a vida eterna na casa do Pai. Sejamos dos que recebem com gratidão a obra que Cristo fez. Amém.
Muito bom seu texto,.
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