Corpo inerte na beira do rio
Cada osso dói um pouco
Minha carne se desprende dos ossos
Minha boca seca pedindo:
Veja o vale de ossos secos!
Me devolve o vigor que perdi já faz tempos
Enrijece o músculo que como água eu vejo
Me transborda a aljava de flechas!
Cansei de ficar deitado
Sofrendo calado no quarto escuro
Pq ninguém vê o que vejo
Pq carrego eu esse peso?
Eu não tenho forças pra impedir...
Um velho estende a mão pedindo paz
Mas a paz que ele pede não chega agora
Já está marcado o dia e a hora
Mas não tem quem saiba a data
Nem divulgação que avise
O velho descansa, o velho avisa
Mas quem ouve o velho?
Nem os outros velhos.
Mas quando o céu se abrir o sol vai brilhar!
Num cavalo branco o Rei vai montar
Suas vestes brancas vão relampejar
Espada desembanhada para guerrear
É a última guerra!
A serpente antiga, a cabeça pisou
O dragão flamejante do céu derrubou
A grande cidade descendo do céu
As almas dos justos cantando louvor
Descansa meu velho
A dor já passou
Ele brilha, Adonai
Estende a mão para o velho
Cavalga comigo pra casa do Pai
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