A invasão foi gravada por pessoas que participavam da celebração
Natalia Lopes - 10/04/2023 16h00 | atualizado em 10/04/2023 16h20
Muitas igrejas da Ásia Central se reúnem de forma secreta (Imagem ilustrativa) Foto: Portas AbertasNeste domingo (9), durante culto de celebração de Páscoa, no Uzbequistão, policiais invadiram um templo com brutalidade. A igreja fica na cidade de Qarshi e é conhecida pelo trabalho com a comunidade curda na região.
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Muitas pessoas foram agredidas fisicamente no incidente. Os policiais prenderam dez cristãos e assustaram os membros locais, principalmente os cristãos curdos que estavam no culto.
A invasão foi gravada por pessoas que participavam da celebração e publicadas no Twitter da Friedensstimme, uma organização que apoia cristãos nos países da antiga União Soviética que ficam na Ásia Central. Ainda não foi declarado o motivo da invasão nem das prisões executadas.
De paasviering van de gemeente in Qarshi, Oezbekistan, werd deze morgen ruw verstoord door de politie. Zij vielen met grof geweld de samenkomst binnen. 10 mannen werden gearresteerd. Diverse mensen werden hard geslagen.
In deze gemeente zijn veel dove broeders en zusters. pic.twitter.com/RTROhJFRio
— Friedensstimme (@Friedensstimme) April 9, 2023
Esse não é foi um caso isolado no Uzbequistão, que ocupa a 21ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023, documento que classifica os 50 países em que os cristãos são mais perseguidos no mundo. O governo exige controle sobre todas as atividades religiosas no país, valendo-se até mesmo de câmeras de vigilância para garantir o domínio. Apesar dos desafios, a igreja continua crescendo na região, especialmente por meio de projetos com a comunidade curda.
A violência contra cristãos que celebram a ressurreição de Jesus não se restringe a invasões policiais. Na Indonésia e no Sri Lanka, cristãos enfrentaram bombardeios e outras agressões enquanto celebravam a Páscoa e precisaram de cuidados pós-trauma.
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