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quinta-feira, 30 de julho de 2020
terça-feira, 28 de julho de 2020
Universal é acusada de racismo e obrigação de vasectomia por pastores de Angola; entenda
por: Yuri Ferreira
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A Igreja Universal está sendo acusada de racismo e obrigação de vasectomia por pastores angolanos que faziam parte da Igreja. Segundo informações da BBC e da VEJA, a organização religiosa de Edir Macedo está sofrendo para dominar seus templos no país africano. Mais de 40% dos pastores angolanos racharam da organização da IURD Angola e tomaram os templos de líderes brasileiros.
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Igreja Universal é uma das maiores forças religiosas em Angola. Pastores angolanos denunciam brasileiros de racismo e evasão de divisas.
O racha levou à tomada violenta de cerca de 80 dos 230 templos da IURD no país. 30 na capital Luanda e outros 50 em regiões com Benguela, Lunda-Norte, Huambo, Benguela e Cafunfo.
Em comunicado à imprensa, o Pastor Nilton Ribeiro, porta-voz da comissão de pastores dissidentes de Macedo, afirma que está instaurada uma ruptura total com a IURD. “Temos observado que as suas práticas não mudaram, continuam sendo as mesmas. A prática do racismo, a prática da evasão de divisas, a prática da corrupção ativa e passiva, e por esta razão, nós, angolanos, viemos declarar, ruptura com a gestão brasileira. De hoje em diante, nós não teremos não teremos mais nenhum convênio com a gestão brasileira. Nós não aceitamos os crimes cometidos pela gestão brasileira”, afirma.
Em fevereiro de 2013, o Presidente José Eduardo dos Santos já havia suspendido as atividades da Igreja no país, após um culto da Igreja gerar um pisoteamento que resultou na morte de 16 pessoas.
– O papel do Brasil na revolta contra a Igreja Universal que gerou mortes e crise diplomática na África
A Igreja Universal do Reino de Deus de Angola confirmou a invasão dos templos, “por um grupo de ex-pastores desvinculados da Instituição por práticas e desvio de condutas morais e, em alguns casos, criminosas e contrárias aos princípios cristãos exigidos de um ministro de culto”, em nota enviada à BBC Brasil. A organização religiosa ainda afirma, na nota, que os dissidentes promoveram “ataques xenófobos”, além de agredir pastores, esposas de pastores e funcionários “com objetivo de tomar de assalto a igreja, com propósitos escusos”.
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A Universal ainda afirmou que as acusações de racismo e de vasectomia forçada se tratavam de fake news “facilmente desmentida pelo fato de que muitos bispos e pastores da Universal, em todos os níveis de hierarquia da Igreja, têm filhos”. A Instituição afirma incentivar o planejamento familiar.
– Condenada na Justiça, Universal é acusada de esterilizar pastores
“Esclarecemos que, respeitada a unidade de doutrina da fé que une a Igreja Universal do Reino de Deus em todos os 127 países onde está presente, nos cinco continentes, a Universal de cada nação dispõe de total autonomia administrativa para encaminhar e resolver suas questões locais, sempre observando as leis e as tradições. O que se espera é que as autoridades restabeleçam, com urgência, a ordem legal e possam assegurar que a Universal continue salvando vidas e prestando ajuda humanitária em Angola, como faz há 28 anos”, completa.
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Fotos: Destaques: © Wikimedia Commons e Alan Santos/PR Foto 1: Divulgação/IURD
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Yuri FerreiraJornalista formado na Escola de Jornalismo da Énois. Já publicou em veículos como The Guardian, UOL, The Intercept, VICE, Carta e hoje escreve aqui no Hypeness. No twitter, @porfavorparem.
Caso IURD: Conselho das Igrejas Cristãs em Angola condena atitude de Edir Macedo
André Sibi
28 de Julho, 2020
O Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA) condenou a atitude do fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, de amaldiçoar os bispos, pastores e respectivas famílias da ala reformadora da igreja em Angola.A reverenda Deolinda Dorcas Teca disse que “não é tarefa de homem nenhum amaldiçoar os outros, antes pelo contrário temos a ordem de abençoar”,
Fotografia: DR
Em entrevista ao Jornal de Angola, a secretária-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola, reverenda Deolinda Dorcas Teca, considerou os pronunciamentos do bispo Edir Macedo, que amaldiçoou os bispos, pastores, esposas descendentes e o povo em geral como uma atitude que demonstra sentimento de perda de bens materiais e financeiros, que o país garantia à Igreja Universal do Reino de Deus.
A reverenda Deolinda Dorcas Teca disse que “não é nossa responsabilidade amaldiçoar o outro”, pois - acrescentou -o livro de Ro-manos no seu Capítulo 12 versículo 14 recomenda o seguinte:"abençoai aos que vos perseguem e não amaldiçoeis”.
Está claro!É bíblico - disse. Segundo a secretária-geral do CICA, “não é tarefa de homem nenhum amaldiçoar os outros, antes pelo contrário temos a ordem de abençoar”, assegurou.
Quanto aos pastores angolanos, suas esposas e descendentes, bem como os angolanos em geral que o líder da Igreja Universal do Reino de Deus amaldiçoou, a secretária-geral do CICA confortou-os a partir dos textos de Romanos Capítulo 8 versículo 1, tendo refe-rido:"Portanto, agora nenhu-ma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
“Ninguém tem poder de nos condenar, sobretudo aqueles que crêem e vivem a sua (de Deus) palavra”, sublinhou. Para a líder do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola, com esta afirmação o bispo Edir Macedo saiu-se muito mal na fotografia, lamentavelmente. "Ele deveria dominar um pouquinho mais as suas emoções, pois, transpareceu estar muito sentido com a perca material e financeira que o país fornecia ao Brasil.
Não deveria ser assim. Deveria, pelo contrário, compreender as causas do conflito e dialogar com as partes envolvidas”, realçou. A reverenda aconselhou a igreja a encontrar um mediador neutro e consensual, para os ajudar a ultrapassar o conflito que os separa do ponto de vista eclesiástico. No entanto,as questões jurídicas devem ser tratadas junto dos tribunais competentes, recomendou.
Deolinda Dorcas definiu a igreja como “o conjunto de pessoas que acreditam em Deus e no Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador”. A sua gestão - realçou - deve depender, em primeiro lugar, da acção do Espírito Santo, seguido dos homens a quem Deus chama para esta nobre missão, que são os bispos, padres, pastores, diáconos, e outros auxiliares do ministério, bem como o santo povo de Deus.
A reverenda reforçou que a primeira missão de uma congregação religiosa passa por ajudar a população a conhecer a palavra de Deus: arrependimento, amor, a vida, humildade, honestidade e ensiná-la a viver segundo a vontade de Deus, traduzido numa nova criatura. "Os líderes devem ser os primeiros a viver esta realidade e de seguida ajudar o povo a seguir o seu exemplo, pois quem acredita no nosso Senhor Jesus Cristo deve viver os frutos do Espírito Santo, indica o livro de Gálatas capítulo 5 versículos 21-22", disse.
Actualmente o CICA conta apenas com 20 Igrejas e duas organizações baseadas na fé, inscritas no Conselho das Igrejas Cristãs em Angola.
"A Igreja Universal do Reino de Deus ainda não é membro do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola, embora participe de algumas actividades ecuménicas quando convidada”, esclareceu.
Reforma é obra de todos os dias
Questionada sobre a reforma exigida pelos pastores angolanos em relação às práticas da vasectomia, racismo, evasão de divisas e privação da formação, bem como o afastamento em relação à família alargada, a reverenda recorreu ao pensamento do im-pulsionador da reforma protestante dos séculos XVI e XVII, o filósofo João Calvino, para acentuar que a "refor-ma de uma Igreja é um processo". A cada dia que passa, toda igreja deve ser reformada - defendeu.
"Se hoje os angolanos pertencentes à Igreja Universal do Reino de Deus em Angola pensam em reformar, eu creio que é o melhor caminho, pois existem tradições, culturas e actos que, a ser verdade, não condizem com os princípios de uma igreja cristã" Para a secretária-geral do CICA, a reforma é um pensamento louvável, pois “o fundamental para uma igreja cristã é obedecer às Leis de Deus, e isto foi dito a Josué, a Moisés e a tantos outros".
"Eles precisam de fazer uma análise profunda e sucinta sobre os aspectos da fecundidade, corrupção, racismo e de tantos outros males que enfermam a igreja nesta altura", disse. Apelou à ala angolana assim como à ala brasileira ao diálogo.
As partes devem sentar-se e olhar para as causas profundas, se possível convidar outras instituições como mediadoras, para os ajudar a ver a árvore do conflito e construir o caminho do consenso, pois esta confusão não dignifica a igreja, os bispos, pastores e esposas, tão pouco os fiéis. A responsável entende que o diferendo na Igreja Universal do Reino de Deus não pode colocar em causa as boas relações de irmandade existente entre os dois países, pois, enfatizou, o Brasil foi o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola.
Adeus à paternidade
AgostinhoJamba é pastor regional da IURD em Angola no Rocha Pinto e conta que a igreja não exigiu de si a vasectomia, no entanto, obedece aos requisitos para se casar. “Falo sobre isso com muita tristeza, porque vi a igreja a apoiar-se em factos sem relevância, para expulsar os meus colegas da obra, o facto de não aceitarem este procedimento. Eu fiz a vasectomia”, declarou o pastor com o semblante totalmente carregado de tristeza.
Agostinho Jamba afirma que a igreja não lhe obrigou a fazer a vasectomia, mas conta que“a forma estratégica como o assunto era abordado nos meandros da igreja, toca a sensibilidade do pastor, sobretudo aqueles que entram para a obra com menor idade e são proibidos de interagir regularmemte com a família”.
“Temos muitos pastores antigos que não se casam até à presente data, por não terem aceite submeter-se ao procedimento. Outros, apesar do seu potencial, foram obrigados a abandonar a obra por não aceitarem”, confessou. A adesão à vasectomia consta entre os factores que determinam, em grande medida, a progressão da carreira do pastor na igreja.
Agostinho Jamba conta que, depois de tanta pressão psicológica, ele e um grupo de cinco pastores apresentaram-se à direcção da igreja, que rapidamente criou as condições de viagem para a África do Sul. Segundo contou, de Angola para a África do Sul a viagem durou aproximadamente três horas. Durante o voo, entre o entusiasmo e a angústia pela decisão tomada, a vontade de pregar o evangelho de Cristo até aos confins da terra falava mais alto.
Chegaram a África do Sul no final de uma tarde de pôr do sol. Ligeiramente mais frio que Angola, o pregador da palavra de Cristo contou ao Jornal de Angola que não se lembra do que terá jantado nesse dia, pois faltavam poucas horas para tomar uma das decisões mais difíceis da sua vida: anular a probabilidade de ser pai pelo resto da vida.
O facto de ter sido uma decisão concertada com a esposa, aliviou em parte o desconforto, medo, ansiedade e o desespero de quem vai entrar para um bloco operatório sem estar doente. As cirurgias são feitas em regime de jejum, por isso, depois da higiene pessoal, às primeiras horas do dia, seguiram rumo para uma das clínicas luxuosas da África do Sul.
Segundo contou, os procedimentos começam com uma consulta básica. Entre outras perguntas, o cirurgião procura saber do paciente se já fez uma cirurgia. De seguida é avaliada para minutos depois, ser conduzido ao bloco operatório para a cirurgia. No bloco operatório devidamente iluminado, encontras homens e mulheres, devidamente equipados, para executar a acção, que prossegue com uma anestesia geral, para neutralizar totalmente o pa-ciente, de modo a não dar conta do recado.
"Você apaga totalmente enquanto os médicos fazem o trabalho”, conta o pastor. Na verdade, um trabalho que neutraliza para sempre a veia que transporta o líquido masculino para a zona de produção feminina, colocando ponto final à orientação "ide ao mundo, multiplicai-vos e enchei a terra".
Depois da cirurgia a recuperação é rápida para uns e difícil para outros, o que não foi o seu caso, pois, regressou a Angola no dia seguinte. Uma semana depois, retomou ao púlpito para pregar o evangelho sem qualquer “impedimento paternal”.
O seu percurso pastoral mostra que integrou a igreja muito cedo. Inicialmente no grupo jovem, onde foi levantado obreiro. De seguida submetido a um teste que o elevou para obreiro. Aos 19 anos de idade ascende a pastor da comunidade localizada junto a praça do Catinton, no Rocha Pinto, em Luanda.
Uma trajectória que prosseguiu por várias templos, até se tornar grande pregador, no entanto, vetado de deixar descendência pelo resto da vida, apesar de ter esposa e ser um homem bem casado.
Reformas são necessárias
Agostinho Jamba considera necessárias as reformas que estão a ser exigidas pelos angolanos, porque entende que a igreja de Cristo perdeu a sua essência e a mudança de paradigma é o único caminho.
Conta que a palavra de Deus chama aqueles que estão casados e oprimidos, para que Jesus os possa aliviar. “Aqui dentro o fardo não é leve, mas sim muito pesado, por isso estamos a clamar pela reforma, nos entendam por favor”, roga o jovem pregador.
Pressão
A igreja exerce muita pressão sobre os pastores. Conta que todas as segundas-feiras, por exemplo, recebe uma mensagem do Maculusso, que orienta o pastor a entregar aos fiéis envelopes de prosperidade, pois é o dia consagrado à vida financeira. Às terças são orientados a entregar os envelopes para protecção da saúde dos fiéis.
Descarta-se a quarta, mas na quinta-feira vem a mensagem da central para actuar com os envelopes da vida conjugal, na sexta-feira os envelopes pela libertação das almas, sábado idem, pelas causas impossíveis e no domingo o rescaldo de todos os en-velopes entregues ao povo ao longo da semana, o que nos deixa completamente constrangidos, desabafou.
“Com estas atitudes a igreja tornou-se excessivamente materialista, em detrimento da sua verdadeira missão, e estamos proibidos de questionar” - lamentou o prelado. Quando a comunidade religiosa está localizada na periferia, o dinheiro arrecadado não pode passar a noite no templo, mas sim encaminhado no mesmo dia para o responsável imediato.
Os pastores estão proibidos de executar qualquer obra de benfeitoria na periferia, mesmo que o pastor auxiliar e mem-bro estejam a usar infra-estruturas degradadas, no entanto, quando informamos as necessidades locais dificilmente são respondidas.
O drama de ser esposa de um pastor na IURD
Domingas Paulo, esposa de pastor há onze anos, conta que abraçou a IURD aos nove anos de idade. O momento mais triste porque passou na Igreja Universal do Reino de Deus foi depois de ter ficado grávida do seu primeiro e único filho, hoje com cinco anos de idade. Domingas Paulo contou que depois de quatro meses de gravidez com o seu próprio esposo, a igreja, ao aperceber-se, instituiu um castigo que obrigou a transferência do casal para a província de Benguela.
Tratando-se do primeiro parto, convidou a mãe para que fosse cuidar dela. Tão logo o pastor regional se apercebeu da presença da mãe na residência da filha, ordenou a sua expulsão, pois os pais não são bem vindos à residência dos filhos quando se tornam pastores na Igreja Universal do Reino de Deus.
“Fui obrigada a arrendar um quarto para ficar com a minha mãe porque precisava dos seus cuidados, pelo facto de ser o meu primeiro parto”, revelou.
Vasectomia
A também obreira contou que, depois desta humilhação, o casal decidiu aderir ao procedimento da vasectomia, realizada na República da África do Sul, para que o esposo nunca mais voltasse a engravidá-la, sob pena de repetir o castigo. Para tristeza do casal, o ano passado, o esposo, na ânsia de elevar o nível de fé dos membros, porque se tratava de uma prática rotineira da igreja, orientou uma peregrinação aos montes do Morro dos Veados, em Luanda.
Tão logo o bispo Honorilton Gonçalves se apercebeu, ordenou a sua expulsão e actualmente sobrevive dos favores dos cunhados. “Vivíamos na Igreja do bairro Mundial no Benfica e de seguida fomos transferidos para a catedral do Maculusso, onde cumprimos a sentença, de ficar de pé no salão o dia todo, sem comer, sentar-se e tão pouco beber água, até que um dia declaramos que não aguentávamos mais e colocamos fim à nossa trajetória religiosa. Abandonamos a obra de Deus” - relatou.
Domingas conta que foram afastados o ano passado. Nesta altura, conta com lágrimas nos olhos, estamos a residir num quarto arrendado pelos nossos irmãos, que nos sustentam igualmente com alimentação. Esperamos que o povo nos entenda, pois chegou a hora de dizer basta!, e que precisamos de ser respeitados e ter liberdade de viver como verdadeiros servos de Deus, sem razões para tanto fardo.
Ânsia de dinheiro
Já Regina Félix, esposa do pastor Domingos Daniel do Rosário, disse ao Jornal de Angola que a Igreja Universal é uma grande escola, no entanto a ânsia pelo dinheiro nesta grande casa de Deus está a levar e vai levar muitas almas à perdição. Segundo contou, integrou as fileiras da Igreja Universal do Reino de Deus aos 12 anos de idade. Ao ser convocado para o procedimento, o seu esposo resistiu à tentação da cirurgia.
No dia seguinte, o casal foi convidado a entregar os documentos e em duas semanas foram tratados sem a presença física do casal e de seguida enviados para São Tomé e Príncipe a 25 de Janeiro de 2016. Em São Tomé e Príncipe, o casal apresentou-se ao bispo Rangel, a quem explicaram o sucedido e alertaram sobre o estado de saúde do esposo.
"Avisei que estava com uma “sinusite” em estado avançado e que precisava fazer uma consulta com urgência”, conta Regina Félix. No segundo mês a situação agravou-se, pois São Tomé e Príncipe é uma ilha e a humidade, para quem sofre de sinusite, é uma sentença de morte. “Numa manhã de domingo, peguei a motorizada e a meio do caminho da igreja tive uma hemorragia nasal repentina.
O cenário causou pânico ao motoqueiro que me transportava e demais pessoas na igreja, pois tinha entrado para o interior do templo a sangrar nas narinas por causa da humidade”, afirmou. Segundo explicou, foi a partir daí que o bispo local acreditou que realmente estava doente e que precisava de intervenção médica profunda, que veio a ter lugar no Hospital Central de São Tomé, por uma semana, sem qualquer visita.
Regina Félix disse ao Jornal de Angola que não está contra a Igreja, mas sim contra os regulamentos internos, que “privam a interacção com os familiares, obrigam a vasectomia, que contraria completamente a minha cultura bakongo”. Ao aderir à manifestação dos pastores angolanos a 28 de Novembro de 2019, as consultas foram suspensas e nesta altura o ouvido já vai deitando pus, pois, não tem meios para se tratar.
Bispo Honorilton Gonçalves recusa qualquer negociação
A Igreja Universal em Angola liderada pelo bispo Honorilton Gonçalves “não vai negociar com os bispos e pastores angolanos, devido ao seu comportamento, desvio de conduta e carácter”. A informação foi avançada pela directora do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, Ivone Teixeira.
Ivone Teixeira, que respondia ao questionário enviado pelo Jornal de Angola, em virtude dos acontecimentos na igreja, disse que “não existe qualquer previsão de diálogo orientado pelo bispo Edir Macedo para se ultrapassar a situação reinante em Angola, pois, estamos diante de comportamentos criminosos praticados por pastores angolanos, cujo processo judicial decorrem trâmites para o seu devido esclarecimento”.
“O bispo Edir Macedo não vai orientar qualquer vídeo conferência para ouvir as partes envolvidas no conflito aqui em Angola, porque os actos de calúnia, difamação, ataques racistas, invasão de templos, saques e tantos outros crimes cometidos pelos pastores angolanos devem ser tratados no fórum policial, pois são contrários aos preceitos da igreja”, disse.
A directora do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa e porta-voz da IURD em Luanda afirmou que “Deus não endureceu os corações dos seus líderes tal como Faraó no passado, pois estão confiantes na sua justiça”. Questionada em relação às exigências contidas no manifesto pastoral de 28 de Novembro, a responsável realçou que “não se vai ceder a qualquer exigência feita pelos pastores angolanos no manifesto e que vai se aguardar apenas pela restituição da legalidade”.
Quanto a informações postas a circular segundo as quais o bispo Honorilton Gonçalves “estaria a financiar obreiros angolanos e grupos de jovens para agredir os pastores e bispos angolanos, a responsável refutou e disse tratar-se de uma calúnia”. Para justificar os cortes dos subsídios quinzenais dos pastores angolanos efectuados pelo bispo Honorilton Gonçalves, sem aguardar por um pronuciamento do tribunal, disse tratar-se de um “acto meramente administrativo da instituição”.
“Os mesmos foram desligados por desvio de conduta e alguns por roubo, fraude, prostituição e adultério, condenados pela igreja”, disse.
A responsável aproveitou igualmente a ocasião para explicar que o seu líder não está a se desfazer dos templos arrendados na periferia, pois, estes nasceram para atender os mais necessitados, por isso não faz sentido tal decisão. Disse que dos 307 templos existentes no país, 90 estão sob controlo dos pastores angolanos.
Casamentos marcados para Novembro
Os pastores e obreiros angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus que romperam o vínculo com o projecto religioso liderado pelo bispo brasileiro Edir Macedo, para dizer sim à nova versão denominada “Igreja Universal do Reino de Deus em Angola”, estão determinados a seguir o seu próprio caminho. Em declarações ao Jornal de Angola, a obreira Sílvia André, da catedral do “Alimenta Angola”, na Estalagem, município de Viana, em Luanda, disse que a comissão instaladora liderada pelo bispo Valente Bezerra já tem os casamentos marcados para o mês de Novembro.
“Depois de seis anos de privações por não aceitarmos a vasectomia, finalmente vamos nos casar e formar uma família feliz, tal como manda a palavra de Deus, que todos os dias ensinamos ao santo povo de Deus” - disse. Sílvia André explicou que integra um grupo de 15 esposas de pastores que rejeitaram a proposta de fazer vasectomia aos esposos, razão pela qual não foram colocados na lista de espera ao longo dos últimos seis anos.
Sílvia André contou à nossa reportagem que abandonou a sua profissão de enfermeira e o terceiro ano do curso superior de medicina para construir a vida ao lado do pastor Genésio Mauango, um direito que lhes foi negado nos últimos anos. Sílvia André pediu aos angolanos para que não olhem para os pastores angolanos que estão a reclamar os seus direitos como rebeldes, mas sim como pessoas que estão a lutar para uma igreja mais justa ao serviço dos angolanos e do mundo.
Já o seu esposo, pastor Genésio Mauango, que pensa recorrer à bíblia para encontrar o nome do primogénito, disse que nunca teve problemas com a “ala brasileira” até ser convocado pelo bispo Robson, na altura pastor, para fazer a vasectomia.
“Ao longo dos últimos 12 anos não tive qualquer problema na igreja, pois nunca me importei muito com o disse que não disse, por isso trabalhei em oito comunidades, com destaque para a Estalagem, Ecocampo, no Cacuaco, bairro Malueka, Camama, e actualmente como pastor titular na comunidade do bairro Cerâmica no Sambizanga.
Genésio Mauango disse que a chegada do bispo Honorilton Gonçalves, além de atiçar a vasectomia, foi marcado pelo corte do seguro de saúde dos pastores e esposas, afastamento de muitos pastores angolanos de reconhecida firmeza e força na obra, bem como pelo desvirtuar dos preceitos da palavra de Deus.
“Por estas e outras situações nasceu a revolta dos pastores angolanos, que foi se multiplicando até à apresentação do manifesto a 28 de Novembro de 2019, e teve o seu ponto mais alto a 22 de Junho”, disse. Já o pastor Eduine Paulo Teixeira, que completou 33 anos de idade, aguarda pelo casamento há nove anos, por não ter atendido às chantagens do consulado anterior.
“Subscrevo todas as reivindicações contidas no manifesto apresentado a 28 de Novembro, porque não é possível pregar a palavra de Deus para libertar os outros e o próprio pregador viver o inferno na terra” - atirou.
domingo, 26 de julho de 2020
"Não tenham medo"
O medo é útil para preservar a vida. Serve para evitar por exemplo que alguém ponha a mão em uma fogueira e se queime.
No entanto o medo quando sai da esfera da autopreservação e passa a dominar as emoções do indivíduo, os resultados são nefastos.
A religião usa por exemplo o medo do inferno para manipular as pessoas. O inferno criado pela igreja na era medieval tem essa função.
Na época era usado para a venda de indulgências. Dizia o vendedor de indulgências: "Quando o dinheiro cai na caixa de ofertas, a alma sai do inferno".
Os bruxos, adivinhos, cartomantes, etc, usam o medo das pessoas para enreda-las em trabalhos espirituais para livra-las do mal.
"Alguém fez um trabalho para te matar, roubar seu marido, lhe colocar uma doença" dizem. E concluem: "é preciso fazer outro trabalho para se proteger".
A superstição usa o medo para se perpetuar! E as pessoas adquirem medos tolos, como passar embaixo de escadas, pisar em certas coisas, comer ou beber certas coisas.
Gostamos de sentir um pouco de medo, por isso nos encantam as histórias de mistérios, lobisomens, espíritos do mal, terror, etc.
No entanto esse medo se torna escravizante quando qualquer coisa se torna motivo para ter medo. Uma sombra, uma lâmpada que queimou, um barulho no telhado. Tudo é fantasma, tudo é o mal.
Certa vez os discípulos atravessavam o mar da Galiléia quando começou uma horrível tempestade.
O barco balançava, as ondas ameaçavam devora-los para as águas, os trovões e relâmpagos os assustavam. O vento os apavorava.
Quando viram Yeshua andando por sobre as águas. Ao verem o mestre por sobre as águas não o reconheceram de primeira, por isso dominados pelo medo concluíram: "É um fantasma".
No entanto o Criador encarnado lhes disse: "Não tenham medo". Acalmou as águas, os ventos, a fúria da natureza. Tudo está sob o seu controle.
Vê? Entende agora? Temos o Covid 19. Temos nuvens de gafanhotos, terremotos, enchentes e tempestades.
Mas a mensagem do Criador encarnado continua a mesma: Não tenham medo!
"O perfeito amor lança fora todo o medo". São as palavras do Criador. Jesus Cristo te liberta do medo. Porque viver com medo é metade de uma vida
O medo faz as coisas parecerem maiores do que realmente são. Faz os muros parecerem mais altos, os obstáculos maiores.
Neste holograma chamado vida, as coisas ficam mais reais quando não se tem medo. Sem medo, vc vê com mais clareza. Vê as coisas como elas realmente são.
Não deixe o medo te dominar. Confie no Criador. Tudo está sob o controle dele neste holograma. Tudo que acontece está sob o propósito dele.
Mesmo que o Criador não interfira nos acontecimentos de modo milagroso ou sobrenatural, temos os dons e a solidariedade para fazer o trabalho do Criador.
Pense na vida como uma grande cooperativa. Ela fica mais fácil quando cooperamos uns com os outros.
Porque quando alguém ajuda outro alguém, faz o trabalho do Criador e se torna um com Ele.
Veja, ser do Criador, estar com o Criador, conhecer o Criador não é praticar uma religião. Estar com o Criador é fazer o que ele fez enquanto esteve encarnado no Christus.
O trabalho do Criador é simples: matar a fome, matar a sede, aquecer quem tem frio, aliviar quem está com dor. Amar e ajudar o próximo.
No dia do juízo que virá muitos se justificarão falando das suas obras religiosas. E para surpresa de muitos o Christus dirá: "Nunca os conheci".
Quando praticamos o bem, vivemos o bem, espalhamos o bem, não há motivo para ter medo.
Por isso meu amigo leitor te digo hoje: viva sem medo!
🙏🏻
sábado, 25 de julho de 2020
The Best of Oficina G3 - 1
Uma das maiores bandas do Brasil. Para muitos a melhor do Rock Cristão em todos os tempos.
Esta é a Oficina G3. E esta seleção é uma grande homenagem a eles. Curta e se alimente de boa musica.
Para escutar as canções desta seleção, clique em "Postagem mais recente" após cada canção para ouvir a próxima.
quinta-feira, 23 de julho de 2020
quarta-feira, 22 de julho de 2020
Bíblia Parafraseada Essência - Genêsis 5
Macho e fêmea os fez e os abençoou e os chamou de humanos.
Quando Adão atingiu a marca de 130 anos, gerou um filho semelhante a ele, à sua imagem, e lhe chamou Sete.
Depois que gerou Sete, Adão viveu mais 800 anos e gerou filhos e filhas.
A idade completa de Adão foi de 930 anos, depois morreu.
Quando tinha 105 anos, Sete gerou Enos.
Depois que Enos nasceu, Sete viveu mais 807 anos e teve filhos e filhas.
A idade completa de Sete foi de 912 anos, depois morreu.
Quando tinha 90 anos, Enos gerou Cainã.
Depois que Cainã nasceu, Enos viveu mais 815 anos gerando filhos e filhas.
A idade completa de Enos foi de 905 anos, depois morreu.
Quando tinha 70 anos, Cainã gerou Maalaleel.
Depois que Maalaleel nasceu, Cainã viveu 840 anos gerando filhos e filhas.
A idade completa de Cainã foi de 910 anos, depois morreu.
Quando tinha 65 anos, Maalaleel gerou Jarede.
Depois que Jarede nasceu, Maalaleel viveu 830 anos gerando filhos e filhas.
A idade completa de Maalaleel foi de 895 anos, depois morreu.
Quando tinha 162 anos, Jarede gerou Enoque.
Depois que Enoque nasceu, Jarede viveu 800 anos gerando filhos e filhas.
A idade completa de Jarede foi de 962 anos, depois morreu.
Quando tinha 65 anos, Enoque gerou Matusalém.
Depois que Matusalém nasceu, Enoque teve comunicação com o Criador por 300 anos, gerando filhos e filhas.
Todo o tempo em que Enoque viveu nesse mundo foi de 365 anos.
Enoque viveu todos os seus dias aqui em intimidade com o Criador, e um dia sumiu. Porque o Criador o abduziu, arrebatou, o levou para si!
Quando tinha 187 anos, Matusalém gerou Lameque.
Depois que Lameque nasceu, viveu Matusalém mais 782 anos gerando filhos e filhas.
A idade completa da vida de Matusalém foi de 969 anos, gerando filhos e filhas.
Quando tinha 182 anos, Lameque gerou um menino.
E decidiu chamar o menino de Noé, pois profetizou: "Este nos trará alivio do árduo trabalho que temos nesse mundo e do sofrimento que vivemos, nesta terra dura que o Criador maldisse".
Depois que Noé nasceu Lameque viveu mais 595 anos gerando filhos e filhas.
A idade completa de Lameque foi de 777 anos, depois morreu.
Quando Noé completou 500 anos, já tinha gerado 3 filhos: Sem, Cã e Jafé.
EVANGÉLICOS APOIAM MASSACRE EM GAZA.
Muitos evangélicos gostam de se gabar de uma superioridade moral em relação ao resto da população. Eles não aprovam sexo fora do casamento, condenam pornografia, bebidas alcoólicas, danças sensuais, e aconselham apenas ouvir música ′′cristã"... mas aprovam o genocídio se o fizer o pequeno Estado de Israel contra os palestinos.
Como é isso?
Tem que haver algo podre em uma religião que se preocupa com minúcias de comportamento moralista, mas que não denuncia, e até mais bem apoia, os grandes crimes contra a humanidade.
Eles se tornaram merecedores da crítica de Jesus aos fariseus guias cegos, que colais o mosquito e engolem o camelo! (Mt. 23:24)
O que se deve esse comportamento tão estranho? A que os evangélicos acreditam que os judeus são o povo escolhido de Deus, os meninos bons da Bíblia, e aqueles que Deus apoia incondicionalmente. Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. (Gn. 12:3)
Acreditam que Deus prometeu a terra da Palestina a Israel, e que é por isso que eles têm o direito de tomá-la pela força, e que este direito está acima de qualquer consideração ′′humanitária".
Mas...
Pensar que os judeus têm direito à terra de Israel devido à promessa de Deus implica supor que o antigo pacto (Antigo Testamento) permanece em vigor, mas o Novo Testamento ensina claramente que não está mais em vigor, e que agora, todo o que queira se salvar, seja judeu ou gentil, tem que procurar Cristo. Agora, não são os judeus o povo escolhido, mas sim a igreja (1 Pedro 2:9). Os judeus, ao negar a mesianidade de Jesus, são uns anti-cristo (1 João 2:22).
Os evangélicos, na sua ingenuidade, acreditam que os judeus são quase cristãos, pois seguem a religião do Antigo Testamento, e que só lhes falta reconhecer Jesus como Messias. Mas isso não é verdade, os judeus faz tempo que abandonaram a religião do Antigo Testamento, substituindo-a pela religião do Talmud, que é de influência fariseia, do fariseísmo que Jesus tanto combateu, por substituir os mandamentos de Deus por mandamentos de homens.
Atualmente, a religião judaica está mais perto do ocultismo, do panteísmo e do ateísmo do que do cristianismo.
No Talmud se faz um escárnio aberto da pessoa de Jesus. Talmud não só não é cristão, mas anti-cristão e anti-gentil.
Paradoxalmente, o Alcorão, o livro dos muçulmanos, tem uma opinião mais favorável de Jesus do que o Talmud, considerando como um profeta enviado por Alá, de forma que o Islã está mais próximo do cristianismo do que do judaísmo.
Mas os evangélicos foram colocados na cabeça que os muçulmanos são os ′′maus′′ e os judeus os ′′bons". Mas nem mesmo no Antigo Testamento os judeus são sempre os “bons", pelo contrário, lá aparecem como um povo que se revolta constantemente contra Jeová, e aquele que Jeová castiga constantemente.
Nos evangelhos, Jesus ensina que os gentios têm mais fé do que os judeus (Mt 8:10), e que os judeus, ao terem rejeitado Cristo, lhes foi tirado o reino de Deus, que foi dado aos gentis ( Mt 21:33-43). Judeus não são filhos de Deus, mas sim ′′filhos do diabo′′ (Mt 3:7) e ′′raça de víboras′′ (Mt 3:7).
Os evangélicos devem reconhecer que os palestinos, independentemente da sua religião ou ascendência, têm direitos humanos, e que a mesma existência do Estado de Israel é uma afronta aos princípios cristãos. Sabem os evangélicos que no Estado de Israel não se pode pregar o cristianismo livremente? Que os não-judeus em Israel são discriminados?
Ainda mais, aqueles que hoje se chamam de judeus não são descendentes dos judeus da Bíblia, por isso, biblicamente não têm o direito de reclamar nada. É mais provável que os palestinos tenham mais material genético do que os judeus israelitas.
Mas assumindo que a Bíblia apoiasse a violência sistemática contra os palestinos, essa seria mais uma razão para rejeitar a Bíblia.
Israel tem o direito de se defender
É a resposta que costuma ser dada, mas é óbvio que os ataques são desproporcionados, e que a origem desta escalada de violência é responsabilidade dos judeus sionistas, violência injustificada que está na origem do Estado de Israel. A única solução a longo prazo é a derrota política desta ideologia perversa.
Orando por Israel?
Há cristãos que se acham muito piedosos, e que fazem um apelo para rezar por Israel. Mas... por que não rezar pelos palestinos, que são as principais vítimas? Fazer um apelo à oração por Israel, sem mencionar os horríveis crimes deste Estado, é apoiar valores contrários ao evangelho.
Isto não é o que Jesus ensinou, que foi um grande crítico das perversidades judaicas, e aquele que pregava o amor ao próximo não-judeu. Esta é a mensagem da parábola do Bom Samaritano: a pessoa não-judaica que realiza obras de caridade tem maior aprovação aos olhos de Deus do que o judeu que guarda fielmente a lei, mas que é indiferente às necessidades alheias.
Professor Allan - Pernambuco
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