O túmulo está vazio, pois o Redentor vivo para sempre está!!!!!!!!

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Resumo do grau 146 do Lux Mea Lex

[18/4 07:08] Ceroni Cunha: Grau 146 - Pq o fim (cumprimento)  da Lei (Biblia) é Christus.

1) 1260 dias contra o fanatismo, dogmatismo,  cerimonialismo religioso. 
a) Fé formal, aparente x Fé Orgânica. Contra a tradição e a matéria. 
Aqui começam 1260 dias de Jesus x Sistema Religioso.
[18/4 07:17] Ceroni Cunha: b) Ele o CRISTO,  o maschiach é a própria corporificação, a carne da Lei. Antes mesmo de nascer, de corporificar, o messias já preocupa e abala o sistema religioso, pq é seu destino cumprir e finalizar os tempos da compreensão material, cerimonial, ritualística da Bíblia e ensinar, estabelecer o seu significado espiritual (imaterial) e eterno. Pq a matéria é transitória,  cíclica,  o espírito é eterno, atemporal e imaterial.
[18/4 07:23] Ceroni Cunha: c) União do sistema político e religioso contra o nem sequer nascido filho de Davi.  O sistema religioso conspira, incita, planeja. O sistema político executa. 
d) Quem teve a plena revelação do significado, importância, relevância do nascimento do messias: os que não tinham bíblia.
[18/4 07:32] Ceroni Cunha: e) Desde o princípio os sistemas religioso  e político, estão unidos para mata-lo. A vinda do messias ameaça o status quo, o stablishment,  a ordem estabelecida. Com quem o CRIADOR fala para preservar a vida do menino? Com os fora do sistema. Falou em sonho, com os magos, esotericos, astrólogos do Oriente, que sem bíblia, sem sacrifício, sem ritual, vieram de fato adorar o messias, a corporificação, a encarnação da Palavra, o Verbo, o CRIADOR.
[18/4 07:48] Ceroni Cunha: 2) Vinda do Elias (figura) João Batista no deserto. O mais importante homem nascido de mulher segundo o CRISTO. Já introduzindo, fazendo a frente sobre o que seriam os 1260 dias do messias. 
Revelare! O Elias batiza com água para encerrar a época dos cerimoniais e rituais. O Messias batiza com o Espírito Santo para trazer espiritualidade, e com fogo para trazer juízo. Separar a palha do trigo. Derrubar e queimar as árvores sem frutos. Limpar a terra. Os frutos não são ritualísticos, não são cerimonialistas e religiosos. São caráter.
[18/4 08:21] Ceroni Cunha: a) Antes de iniciar sua missão Jesus e tentado pelo delta do ego: ter, ser e poder. 
Templo é igual sistema religioso. Jerusalém e igual sistema político. 
b) O Batista foi executado em pouco tempo pq pregou duras verdades. O Cristo demorou um pouco mais para ser executado pq fez sinais. "Pregue o amor": pregar o "amor" não cura o câncer propagado pelos sistemas político e religioso.  Apenas duras verdades. Mas isso gera ódio contra o pregador e retaliações. O tratamento contra o câncer é agressivo. Dói e machuca.
[18/4 08:29] Ceroni Cunha: c) Primeira pregação do messias sobre: motivação, intenção é desejo.
[18/4 08:34] Ceroni Cunha: O Messias já começa em sua primeira pregação separar (crivar) palha e trigo. Ninguém fica indiferente a mensagem do Reino. Quem é do mal, está com a consciência pesada, ao ouvir a mensagem sente ódio, repele. Quem é do bem mesmo sendo repreendido sente paz. Se encontra na mensagem do Cristo. Acolhe.
[18/4 08:42] Ceroni Cunha: Esta vida holograma é crivo. Teste ou provação como preferem dizer alguns. 
Frase áurea do grau:  "Para os evangélicos a bíblia é maior que a igreja. Para os católicos, a igreja é maior que a bíblia. Mas para nós, os verdadeiros,  fora do Sistema, Jesus é maior que a bíblia e a igreja"
[18/4 08:53] Ceroni Cunha: Jesus desmistifica o entendimento das Escrituras ensinado pelo sistema religioso explicando que motivação,  intenção e desejo são a origem das ações. São mais importantes e contam no juízo. Sheol = Rehologramaçao.  Não cremos no inferno criado pelo catolicismo.  Cremos no Sheol (Rehologramaçao) ensinado pelo messias.
[18/4 09:08] Ceroni Cunha: O discípulo do Cristo deve almejar e buscar a santificação, a perfeição,  a evolução. Deve aprender com o CRISTO a ser melhor do que aquilo que a religião ensina como bondade. É um desafio e tanto.

Textos extraídos do grupo do zap zap.

sábado, 9 de março de 2019

Disse Jesus: Eu sou lucifer!






1. Fico perplexo com tanta tradução e interpretação esdrúxulas de textos da Bíblia Hebraica. Quase sempre, graças aos seus intérpretes alegóricos e amplamente tendenciosos à defesa do dogma independentemente da transparência. Analisa-se a seguir um dos casos históricos, político-religiosos, mais desonestos que já vi à exegese, tradução e interpretação textual.


2. Em Isaías 14.4 existe uma profecia contra a queda da Babilônica e seu rei, provavelmente, Nabucodonosor. Uma profecia que se constitui literariamente como uma parábola, provérbio ou sátira (v.4). Veja: "proferirás esta parábola contra o rei da Babilônia, como cessou o opressor, como cessou a tirania" (ARC). Ou, "este provérbio contra o rei da Babilônia..." (ACRF); "usarás estaparábola..." (SBB); "cantarás esta sátira contra o rei da Babilônia..." (VC). Ou seja, a profecia que seria proferida contra o rei tinha esse gênero literário. Isso ficou bem claro nas traduções supracitadas.


3. Vamos ao significado de parábola, provérbio e sátira, para tudo ficar bem transparente.


4. A primeira, constitui-se em um ato de "comparação desenvolvida em pequeno conto, no qual se encerra uma verdade, um ensinamento. Trata-se de uma história curta cujos elementos são eventos e fatos da vida cotidiana". A segunda, é uma máxima popular que expressa uma verdade, tanto real quanto figurada. A terceira, é o uso da ironia ou do sarcasmo para atacar algum comportamento humano. Constitui-se um gênero bastante utilizado nos teatros, na literatura, no cinema, entre outros. Pois bem, a partir dos significados dessas palavras em português, podemos concluir que Is 14.4, e consequentemente o resto do capítulo, referem-se ao rei da Babilônia de maneira alegórica, fazendo comparações com a queda de seu reino, com elementos bastante pertinentes à cultura local das margens do Eufrates.


5. Já cientes desse gênero literário do texto, é possível notar que todas as comparações feitas são alegóricas, enquanto no texto, pelo próprio autor. Ou seja, a intenção do rei em subir acima do trono do Altíssimo (לְעֶלְיֹֽו) (v. 13), a afirmação de que ele caiu dos céus (v. 12), a sua inserção no sheol (v. 16), etc. Uma mais especial é a nomeação do monarca com a expressão hebraica הֵילֵ֣ל בֶּן־שָׁ֑חַר (heilel ben-shachar), traduzida, na maioria das versões Bíblicas em língua portuguesa, por "estrela da manhã", "estrela d'alva", "estrela matutina", "planeta Vênus". Também a expressão ben-shachar (בֶּן), que seria "filho da manhã" ou "filho da aurora". A partir das traduções dessa palavra em hebraico, para a versão dos Setenta (Septuaginta), da alegorização da Bíblia Hebraica por Orígenes e, posteriormente, do lançamento da Vulgata Latina, por São Jerônimo (385 d.C?), é que começaram os principais problemas hermenêutico-exegéticos desses textos, envolvendo até uma personagem nunca mencionada neles diretamente, sha'tan (Satã ou Satanás; שָּׂטָ֔ן).


6. Primeiro é necessário analisar a Tradução dos Setenta. Nela, a expressão hebraica heilel ben-shachar, הילל בן שחר, de Isaías 14.12, foi traduzida por Ἑωσφόρος (Heōsphoros), que na mitologia grega é a palavra usada para nomear, de maneira personificada, o planeta Vênus, conhecido como "portador de luz", "estrela brilhante", "estrela da manhã", da "aurora", "matutina". Às vezes, era usado o termo Φωσφόρος (phosphoros) para referi-la, personificadamente. Mas no caso em análise, não foi usado este, porém, aquele. Pois bem, a Septuaginta utilizou essa palavra grega que é carregada de um sentido amplamente comum à época, no qual a "estrela da manhã", Ἑωσφόρος (Heōsphoros), era um astro cheio de luz, o planeta Vênus, visível a olho nu, que é mais brilhante do que qualquer outra estrela do céu. Até no Novo Testamento essa palavra aparece, não pela Septuaginta, obviamente, na segunda carta atribuída a Pedro, 1.19. Nesse contexto, φωσφορος é traduzida por "estrela d'alva" (ARC, ARIB, NVI, SBB).



Vênus refletida no Oceano Pacífico.





7. Segundo, ainda em se tratando de tradução, não interpretação, seja alegórica ou não, temos a Vulgata Latina, versão de São Jerônimo, do grego da Septuaginta para o latim, em 385 d.C, provavelmente, a pedido do papa Dâmaso. No Isaías 14.12, Jerônimo traduziu a palavra grega Ἑωσφόρος (Heōsphoros) pela palavra latina lucifer (lux, lucis, que significa "luz"; e ferre, que significa "portar", "levar"). O nome lucifer, em latim, era dado à "estrela da manhã", "d'alva", "matutina", Vênus, em suas aparições matinais, como na foto acima. Ele também traduziu o Novo Testamento e, em 2 Pedro 1.19, usou o termo lucifer, novamente se referindo à "estrela d'alva", como o sentido da palavra indicava, provavelmente, aludindo-a a Jesus ou à graça. Veja:


"...e a estrela d'alva surja nos vossos corações". 2 Pedro 1:19 (ARC)
"...e a estrela da alva nasça em seus corações". 2 Pedro 1:19 (NVI)
"...et lucifer oriatur in cordibus vestris". 2 Pedro 1:19 (Vulgata Latina)




Jerônimo utilizou a palavra lucifer, também em sua derivação luciferum, em alguns outros textos de sua obra, porém, semanticamente, com significados aproximados. Por exemplo, em Jó 11.17, como "manhã" ou "aurora":


"...ainda que haja trevas, será como a manhã". Jó 11:17 (ARC)
"...consumptum putaveris orieris ut lucifer". Jó 11:17 (Vulgata Latina)


Em Jó 38.32, traduzindo a palavra hebraica מזרות (que significa "constelações"):



"Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?" Jó 38:32 (ARC)
"numquid producis luciferum in tempore suo et vesperum super filios..." Jó 38.22 (Vulgata Latina)

Também no Salmo 109 (110), traduzindo a palavra "aurora" ou "alva":



"...nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva". Salmos 110:3 (ARC)

"...in splendoribus sanctorum ex utero ante luciferum genui te..." Salmos 109: 3 (Vulgata Latina)







O que é possível concluir, a partir das utilizações da palavra lucifer da Vulgata Latina? Pode-se concluir, com facilidade, que a palavra era usada para nomear a "estrela d'alva", "da manhã", na maioria dos casos, substituindo o termo grego Ἑωσφόρος (Heōsphoros), principalmente em se tratando do texto de Isaías.


8. No entanto, no espaço-tempo, entre a criação da versão grega da Septuaginta e a versão latina da Vulgata de Jerônimo, existiu um teólogo bastante renomado da igreja chamado Orígenes, (século 3). Grande intérprete das Escrituras, adepto declarado ao método hermenêutico-exegético de Fílon de Alexandria, ou seja, altamente alegórico. Esse indivíduo foi um dos primeiros teólogos cristãos a interpretar Isaías 14.12 como sendo uma referência a Satã. Junto com Tertuliano (final do século 2), que interpretou Satã como o querubim do éden de Ezequiel 28 (texto que faz referência explícita, alegoricamente, ao rei de Tiro, e não a sha'tan; Ez 28.2).


9. Orígenes alegorizou um texto que já possuía caráter literário de alegoria, como visto anteriormente. Uma segunda comparação, identificando, sem ainda o termo lucifer sequer existir (destacando que só veio à existência com a tradução da Vulgata Latina, no final do século 4 d.C), a "estrela da manhã" de Isaías 14.12 como uma referência oculta a Satã. Escreveu em "Ezekiel Opera", iii, 356):


"Satanás, príncipe dos demônios, e que era a coroa da beleza do Paraíso, a estrela da manhã, é agora o príncipe deste mundo, cuja liberdade Deus respeita. Não pode exercer nenhum poder sobre aqueles que o rachassem".


Obviamente, que escreveu muitas outras coisas sobre o tema, mas não há espaço para comentar aqui.


10. O problema da interpretação da queda de Satã, interpretada alegoricamente por Orígenes, posta no texto de Isaías 14.12, é o assemelhamento que fez, misturando o sentido histórico do texto, que era ao rei da Babilônia, em sátira; o sentido da palavra הֵילֵ֣ל, "estrela da manhã", que passou a ser entendida como uma aplicação a Satã; e também, a partir do lançamento da tradução da Vulgata, que a chamou de lucifer. Pois, "estrela da manhã", que é lucifer em latim, como exposto anteriormente repetidas vezes, não pode ser entendida como uma referência direta a Satã, não mesmo! Orígenes estava completamente equivocado, ao usar esse tipo de hermenêutica tão folclórica e pessoal.


11. Por exemplo, em Apocalipse 22.16, que é aonde queria chegar, desde o começo dessa postagem, Jesus disse, em versão portuguesa (ARC), as seguintes palavras:


"Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã". Apocalipse 22:16 (ARC)






Aí que está! Como a ideia de Orígenes se propagou na teologia da igreja patrística, e "estrela da manhã", traduzida por Jerônimo como lucifer, no texto de Isaías 14.12, passou a ser entendido como nome próprio de Satã antes da queda do céu, e o próprio texto referido visto como uma aplicação espiritual, entrelinhas, a esse personagem maligno; o criador da Vulgata não teve coragem de usar lucifer para a frase dita por Jesus, no Apocalipse, ora não convinha, não é mesmo? Porém, o sentido do uso em grego, e em português, posteriormente, é o mesmo de Isaías, apenas se referindo a Vênus, à estrela que brilha, só isso, não Satã. Jerônimo traduziu Apocalipse 22.16 assim:


"Ego Jesus misi angelum meum testificari vobis hæc in ecclesiis ego sum radix et genus David stella splendida et matutina" (Vulgata Latina)




No lugar da palavra lucifer, que até então era usada tranquilamente para se referir à estrela, ele utilizou "stella splendida et matutina". Semanticamente, é a mesma coisa. Pois, a frase "stella splendida et matutina", em latim, pode ser resumida em uma palavra, lucifer. O significado semântico é o mesmo, histórico, mitológico, cultural, natural. Mas por que não usou? Porque o significado teológico já havia modificado plenamente as estruturas das palavras. Em sua época, como supracitado, devido a influência de Orígenes, o termo lucifer já tinha dono, e não era Jesus.


12. No entanto, o que o autor de Apocalipse escreveu poderia ser muito bem traduzido por "Ego Jesus sum lucifer", daria na mesma, se não fosse o imbróglio que os alegóricos fizeram anteriormente, incluindo significados em textos que nunca foram escritos com tais intenções. Por isso, o título dessa postagem, "Disse Jesus: Eu sou lucifer", sem problemas nenhum, semanticamente plausível. Mas infelizmente, "estrela d'alva" passou a ser outro ente.




André Francisco


Fonte: http://dialogoabertoriginal.blogspot.com/2012/11/disse-jesus-eu-sou-lucifer.html