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Nota: Para outros significados, veja Anticristo (desambiguação).
Escatologia cristã | ||
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Índice
[esconder]Perfil do Anticristo[editar | editar código-fonte]
Será um Homem de uma habilidade e capacidade incrível, o maior líder de toda terra. Esse personagem é mencionado principalmente nos livros de Daniel, 2 Tessalonicenses e Apocalipse. A Bíblia dá vários outros adjetivos ao Anticristo:- O pastor inútil (Zacarias 11:17),
- O pequeno chifre (Daniel 7:8),
- O príncipe que há de vir (Daniel 9:26),
- O homem vil (Daniel 11:21),
- O rei que fará segundo a sua vontade (Daniel 11:36),
- O homem da iniquidade (II Tessalonicenses 2:3),
- O filho da perdição (II Tessalonicenses 2:3),
- O iníquo (II Tessalonicenses 2:8),
- O anticristo (I João 2:18),
- A besta (Apocalipse 11:7; Apocalipse 13:1).
- O abominável da desolação (Mateus 24:15),
- O assolador (Daniel 9:27).
Ele vencerá pela diplomacia, pacificamente, convencendo todos os líderes mundiais, com sutileza, engenhosidade e sabedoria.
Ele Será um homem “complexo”, diferente de todos os demais, alguém que abraçará, em seu caráter, as habilidades e poderes de Nabucodonosor, Napoleão, Alexandre o Grande, e de César Augusto.
Possuirá o admirável dom de atrair as pessoas e a irresistível fascinação de sua personalidade, suas versáteis conquistas, sua sabedoria sobre-humana, sua grande habilidade administrativa e executiva, aliadas ao seu poder de consumado lisonjeador, (...) brilhante diplomata, e soberbo estrategista, vão torná-lo o homem mais notável e importante de todos os Tempos.
Terá uma personalidade gentil, Inofensiva, compassiva e se dedicará à Paz e prosperidade do mundo. Esse líder estará pronto para solucionar grandes problemas mundiais: Guerras, crises, Pobreza, desigualdades [...][1]2 Tessalonicenses 2:7 diz: – Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo.... Esse mistério já está operando e preparando o caminho para a entrada do anticristo. Com certeza, O Anticristo já está presente, camuflado, em algum lugar, aguardando apenas o momento de manifestar-se. Alguns aspectos do seu futuro governo, segundo a Bíblia:
- Governará o mundo inteiro (Apocalipse 13:7)
- Controlará a economia mundial (Apocalipse 13:16-17)
- Governará com consentimento internacional (Apocalipse 17:12-13)
- Fará um acordo de paz com Israel (Daniel 9:27)
- Gênio intelectual (Daniel 7:20)
- Gênio da política (Daniel 11:21)
- Gênio militar (Daniel 8:24)
- Gênio de oratória (Daniel 7:20)
- Gênio do comércio (Daniel 8:25)
- Gênio em administração (Apocalipse 13:1-2)
- Gênio religioso (II Tessalonicenses 2:4)
Escatologia Islâmica[editar | editar código-fonte]
O Islão considera que Dajjal, o Anticristo bíblico, será uma figura maligna que supostamente retornará antes do Dia do Juízo. De acordo com uma descrição: Dizem que ele terá um olho danificado e o outro será normal.Para alguns, o fato do Anticristo ter um Olho danificado e o outro normal relaciona-se com a representação do Olho da Providência, ou simplesmente, O Olho que tudo vê.
Considerações Gerais[editar | editar código-fonte]
O termo ocorre apenas quatro vezes na Bíblia, todas elas nas epístolas do apóstolo João. As passagens são I João 2:18 , I João 2:22, I João 4:3 e II João 1:7, onde o termo anticristo é definido como um "espírito de oposição" aos ensinamentos de Cristo. O cristianismo prega, no entanto, que este "espírito" seja uma personificação de um "messias demoníaco" que virá nos últimos dias. Por essa razão, os cristãos creem que este anticristo é descrito em outros textos, tais como o livro de Daniel, as cartas de Paulo (como "o homem da iniquidade") e o Apocalipse como a Besta que domina o mundo. Para certos grupos cristãos, incluindo a Igreja Católica, tal Besta chegou a ser personificada através do imperador romano Nero.Segundo muitos teólogos, o anticristo mencionado pelos cristãos do primeiro século era alguém que já atuava naqueles dias. Não era personagem de um futuro tão distante, nem futuro próximo, como o texto de 1 João 4:3: "...anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo". (amilenismo) Ao longo da história, diversas correntes cristãs acusaram-se entre si ou atribuíram aos seus inimigos a designação de "anticristos", sendo exemplos de utilização de tais argumentos o Cisma Papal, as cruzadas (referindo-se a Maomé), na Reforma Protestante (referindo-se ao Papa) e na Contrarreforma (referindo-se a Lutero), entre outros diversos acontecimentos. Também há os que consideram que o termo Anticristo poderá estar ligado aos modernos movimentos satânicos.
Atualmente, o termo é bastante popular sobretudo no meio cristão protestante, onde existe uma interpretação por parte de muitos grupos de que o Anticristo será uma pessoa que se oporá aos mandamentos da Bíblia e organizará uma sociedade baseada em valores outrora atribuídos ao paganismo, onde todos os cidadãos poderão ser controlados através de uma marca na mão ou na testa à semelhança da marca que os romanos impunham sobre seus escravos ou à que era colocada nos prisioneiros dos campos de concentração durante a Alemanha Nazista, e que seria o número 666. Este Anticristo, por fim, seria derrotado por Cristo em sua segunda vinda, quando se estabelecer seu reinado milenar (milenarismo).
Patrística[editar | editar código-fonte]
Muitos Padres da Igreja trataram do Anticristo em suas obras. Seguem alguns:- São Policarpo (Epístola de Policarpo aos Filipenses) alertou aos filipenses que todos os que pregassem uma falsa doutrina seria um anticristo[2].
- Santo Ireneu especulou que seria “muito provável” que o anticristo poderia ser chamado Lateinos, que é o equivalente em grego para "homem latino"[3].
- São João Crisóstomo alertou contra especulações e antigas histórias sobre o Anticristo, dizendo: Não nos deixe saber sobre estas coisas. Ele pregou que, conhecendo as descrições de Paulo do Anticristo em 2 Tessalonicenses, os cristãos evitariam o engodo[4].
- Santo Agostinho escreveu:É incerto em qual templo o Anticristo deve se estabelecer, e ainda se será na ruína do templo que foi construída por Salomão, ou na igreja.[5].
Alcunhados de Anticristo[editar | editar código-fonte]
- Assim como Nero foi estigmatizado como anticristo pelos cristãos que perseguia, também Napoleão foi tachado como tal pelos seus inimigos ingleses, o que contribuiu como peça de propaganda pró-britânica;
- Maomé, devido as perseguições muçulmanas contra judeus e cristãos.
- Napoleão Bonaparte devido a sua crueldade, espírito guerreiro e belicoso.
- Adolf Hitler também foi acusado de ser o anticristo, tanto pelos judeus que perseguia quanto pelos seus inimigos, os Aliados. A braçadeira, a saudação da mão direita e a marca recebida pelos presos nos campos de concentração foram identificadas como sinais da besta;
- George W. Bush
- Osama Bin Laden[6]
O Reinado[editar | editar código-fonte]
Algumas doutrinas protestantes acreditam que a dominação mundial pelo Anticristo acontecerá após o arrebatamento do povo de Deus (Mateus 24:40-41), esse período é chamado de período pré-tribulacional, porque acontecerá antes da Grande Tribulação. O Anticristo será derrotado no retorno de Jesus Cristo à Terra, e lançado no lago de fogo e enxofre, a que se chama "segunda morte". A isso se seguirão mil anos de reinado de Cristo, e, por fim, o Julgamento Final e a chegada da Nova Jerusalém.Ascensão ao poder[editar | editar código-fonte]
O Anticristo será um homem que surgirá em meio às crises mundiais existentes, de forma que sua aparição surpreenderá o mundo. Seu governo se tornará, em um curto espaço de tempo, num forte governo mundial unificando com sucesso todos os blocos de relações econômicas e políticas existentes no momento. Com a finalidade de trazer a paz, será reconhecido e aceito, e combaterá as crises mundiais implantando um largo sistema de integração financeira: o sistema 666 de compra e venda (Apocalipse 13:16–18). Neste momento, com o auxílio de um "deus estranho" (Daniel 11:39, Isaías 14:12), exaltará a si próprio como sendo o "Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo e exigirá ser adorado como Deus, declarando-se então ser o Messias de Israel (Daniel 11:36). Será então que, perseguirá todo aquele que, na Terra, não se curvar a ele para adora-lo como Deus, manifestando-se ser o que a Bíblia chama de "O Filho da Perdição" (2ª Tessalonicenses 2:3), o então Anticristo. Descumprirá o seu tratado mundial de paz e estabelecera então a guerra. Se voltará contra Israel e Jerusalém no lugar do antigo templo, para lá pôr o trono do seu governo mundial (Daniel 11:31) [7]A Reforma Protestante e Reforma Católica[editar | editar código-fonte]
Na Reforma Protestante, Martinho Lutero, João Calvino, Thomas Cranmer, John Knox, Cotton Mather, e John Wesley[8], chamaram o Papa de Anticristo. Na Reforma Católica, por sua vez, Martinho Lutero e outros reformadores foram chamados de Anticristo por terem ocasionado a suposta perda da unidade cristã, e "amputado e desmembrado o Corpo de Cristo". Atualmente, muitas correntes cristãs retiraram estas afirmações para reatarem relações (ver ecumenismo). Porém, outras ainda as mantém em suas confissões de fé.Algumas frases dos reformadores: Lutero (por volta de 1522): "Oh! Quando não me custou, apesar de que me sustente a Santa Escritura, convencer-me de que é minha obrigação encarar sozinho com o Papa e apresentá-lo como o Anticristo!...[9]. "O Papa, quer apagar a luz do Evangelho destinada a iluminar ao mundo. É, então, o Anticristo predito por Daniel, pelo Senhor Jesus Cristo, Pedro, Paulo e o Apocalipse."[10].
Thomas Cranmer (1489-1556)[11], por ocasião do seu martírio: "E quanto ao papa, Eu o abomino como inimigo de Cristo, e anticristo, com todas as suas falsas doutrinas".
Confissão de fé Irlandesa (1615; Igreja Episcopal)[12]: "O Bispo de Roma é, longe de ser a cabeça da Igreja Universal de Cristo, o que sua doutrina e obras, de fato revelam, que ele é aquele “homem do pecado” predito nas santas Escrituras, a quem o Senhor há de consumir com o espírito de Sua boca, e abolir com o resplendor de sua vinda."
Confissão de Fé de Westminster (1647; Igreja Presbiteriana)[13]: "Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo: (Colossenses 1:18; Efésios 1:22). Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus." (Mateus 23:8-10; II Tessalonicenses 2:3-9; Apocalipse 13:8).
Confissão de Fé Londrina (1689; Igreja Batista)[14]: "O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, aquele que, por designação do Pai, todo poder para o chamamento, instituição, ordem ou governo da igreja foi investido de maneira suprema e soberana; Nem pode o papa de forma alguma ser o cabeça dela, mas ele é o anticristo, aquele homem do pecado, e filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus; a quem o Senhor destruirá com o resplendor da sua vinda"
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- Ir para cima ↑ Apocalipse 13:16-17
- Ir para cima ↑ Polycap's Letter to the Philippians, parágrafo 7 (em inglês)
- Ir para cima ↑ Contra Heresias, livro 5, capítulo 30 (em inglês)
- Ir para cima ↑ Crisóstomo, Homilia 1 sobre a 2ª Epístola de São Paulo Apóstolo aos Tessalonicenses (em inglês)
- Ir para cima ↑ Cidade de Deus, livro 20, capítulo 19], citado em Brug, A Scriptural and Historical Survey of the Doctrine of the Antichrist (em inglês)
- Ir para cima ↑ «Quem é o Anticristo?». super.abril.com.br. Consultado em 24 de janeiro de 2017
- Ir para cima ↑ Daniel 9:27
- Ir para cima ↑ Notas de John Wesley ao Novo Testamento (1754) (Igreja Metodista)[1]
- Ir para cima ↑ Martyn, págs. 372, 373
- Ir para cima ↑ L' Epanouisssement de la Pensée de Luther, pág. 316, citado em El Sentido de la Historia y la Palabra Profética, tomo 1, pág.303. Antolín Diestre Gil, Editorial Clie
- Ir para cima ↑ [2]
- Ir para cima ↑ [Igreja Episcopal][3]
- Ir para cima ↑ [4]
- Ir para cima ↑ [5]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Foxe, John (1583). The Acts and Monuments, Book II. [S.l.: s.n.] Consultado em 6 de junho de 2010
- Jerome (1893) [347-420]. «Letter to Pope Damasus». In: Schaff, Philip. A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church. Col: 2nd series. VI. New York: The Christian Literature Company. p. 19. Consultado em 7 de junho de 2010
- Jerome (1893b) [347-420]. «The Dialogue against the Luciferians». In: Schaff, Philip. A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church. Col: 2nd series. VI. New York: The Christian Literature Company. p. 334. Consultado em 7 de junho de 2010
- Jerome (1893c) [347-420]. «Against the Pelagians, Book I». In: Schaff, Philip. A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church. Col: 2nd series. VI. New York: The Christian Literature Company. p. 449. Consultado em 7 de junho de 2010
- Jerome (1893d) [347-420]. «Letter to Ageruchia». In: Schaff, Philip. A Select Library of Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church. Col: 2nd series. VI. New York: The Christian Literature Company. pp. 236–7. Consultado em 8 de junho de 2010
- Jerome (1958) [347-420]. Archer, Gleason L., ed. Jerome's Commentary of Daniel (Translation). Grand Rapids, MI: Baker Book House. Consultado em 7 de junho de 2010
- Origen (1872) [185–254]. «Writings of Origen, vol 2». In: Roberts, Rev. Alexander. Ante-Nicene Christian Library [Writings of the Fathers]. XXIII. Edinburgh: T. & T. Clark. pp. 385–8. Consultado em 6 de junho de 2010
- Schaff, Philip; Schley Schaff, David (1885). History of the Christian Church. [S.l.]: Charles Scribner & Sons. Consultado em 18 de janeiro de 2009
- Of Antichrist and His Ruin, John Bunyan, Diggory Press; Published in 1692, ISBN 978-1-84685-729-4.
- The Antichrist, Martin Luther, Diggory Press; 1535 (approximate), ISBN 978-1-84685-804-8
- The Antichrist: Has he launched his final campaign against the Savior?, Vincent P. Miceli S.J., Roman Catholic Books, Fort Collins-CO, 1981 ISBN 0-912141-02-6
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