sábado, 18 de junho de 2022

Líderes religiosos defendem posicionamento de Bruna Karla



Cantora virou alvo de intolerância nas redes por causa de comentário sobre homossexualidade


Paulo Moura - 16/06/2022 16h07 | atualizado em 17/06/2022 08h25
Bruna Karla Foto: Divulgação

Alvo de intolerância religiosa nas redes sociais por causa de um comentário feito em dezembro do ano passado sobre não cantar no casamento de um amigo homossexual, a cantora Bruna Karla recebeu, nesta quinta-feira (16), o apoio de diversos líderes religiosos.

Apesar de a fala da cantora ganhar repercussão nesta quinta, a entrevista, dada por ela ao podcast Positivamente, da apresentadora Karina Bacchi, foi ao ar em dezembro do ano passado. Na ocasião, a cantora disse, com base na Bíblia, que o dia em que aceitasse cantar no casamento de dois homens teria que parar de cantar sobre Jesus.


– Fui bem sincera [com meu amigo] e disse: “Ah, quando você se casar com uma mulher linda e cheia do poder de Deus, eu vou sim” (…). O dia que eu aceitar cantar em um casamento com outro homem, eu posso parar de cantar sobre a Bíblia e sobre Jesus – afirmou.



A fala foi alvo de diversos ataques nas redes sociais, principalmente entre militantes da causa LGBT, mas também recebeu o apoio de cristãos e de líderes religiosos.

Ao Pleno.News, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), defendeu a cantora e disse que é direito dela cantar onde quiser.

– Estamos em uma democracia, ela é livre pra cantar onde ela quer e não onde os outros determinam. Que país é esse? Que questões são essas? Você é livre pra ir pra vida, isso é princípio, constitucional, democrático. Liberdade da pessoa. Qual é o problema? Ela tem o direito de querer cantar e não cantar – apontou Malafaia.

O pastor Davi Góes, do Ministério Canaã, afirmou que viu a declaração como um ato de coragem da cantora e reforçou que o posicionamento de Bruna representou uma defesa do Evangelho. Algo que, de acordo com ele, estaria em falta no meio evangélico por medo do chamado “cancelamento”.

– Não vejo nada de mais no que ela falou, ela apenas citou o que a Palavra nos ensina, ela apenas defendeu o Evangelho, que é o que exatamente está faltando no mundo evangélico. Cantores e pastores têm se excluído, ficado em cima do muro, para não emitir a opinião e não ser cancelado na internet – declarou.

Para o pastor Renato Vargens, que é colunista do Pleno.News e pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro, Bruna tem o direito de exercer liberdade de fé e crença, algo que é previsto na Constituição, mas tem sido afrontada, em razão de sua opinião, justamente “por aqueles que se dizem tolerantes”.

– Tenho visto os defensores da tolerância reagindo com intolerância aos que pensam diferente. Nessa perspectiva, quando contrariados, os que deveriam ser tolerantes respondem aos conservadores denominados por eles “intolerantes” com ironia, deboche e cancelamento nas redes sociais – escreveu Vargens.

Já o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP) declarou que “estamos vivendo tempos malucos, onde não se respeita a vontade de uma pessoa”. Para ele, não existe qualquer resquício de homofobia na fala de Bruna, mas sim “coerência com seus princípios bíblicos”.

– Todos temos o direito de não concordar em participar de atos públicos contrários aos nossos princípios. Antes e acima de qualquer liberdade individual, está a liberdade de pensamento! (…). À minha amiga e irmã em Cristo, Bruna Karla, deixo meu incondicional apoio, pois em matéria de fé não transigimos um milímetro sequer! – completou.

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