sábado, 9 de julho de 2022

Bíblias com artes e capas bonitas. Precisa?


Antes do artigo começar quero declarar que sou fã da tradicional capa preta, ou levemente colorida ou ornamentada. 



Primeiro quero dizer: A arte não é do diabo. A arte não é maligna. Tudo que o Criador fez é arte lindíssima. Termos dons artísticos é um reflexo do Criador em nós.  




As Bíblias medievais tinham belíssimas artes sacras no seu interior. Arte não é necessariamente idolatria ou objeto de culto. Com o Puritanismo tudo ficou resumido ao branco e preto. Tudo sóbrio. E culturalmente no ocidente somos mais inclinados a esta sobriedade. O mundo judaico/cristão é inclinado a buscar essa "sobriedade".  




A arte não é pecado. Nem é maldita. A arte gráfica faz parte da comunicação. 




Este modelo tem espaço para anotações inclusive.




Mas quero levantar alguns questionamentos. As editoras tem usado a beleza artística para tornar seus produtos mais atraentes para o público consumidor do livro sagrado. Isto é mesmo necessário?













A mensagem de Cristo não é suficiente?
O evangelho nao é suficiente para se ter vontade de estudar as Escrituras?
O Cristo nao é suficiente?
Capas e artes bonitas, sao mais importantes que a qualidade da tradução impressa? 




Veja bem, nao sou contra a arte. Mas as editoras acharem que a capa é tão importante para que o livro mais lido do mundo seja vendido, nao seria uma tentativa superficial, materialista até, de tornar a mensagem atraente?












Faz sentido quando percebemos que muita gente que compra Bíblia, nao a lê. Não estuda seu conteúdo. O livro fica lá, num canto da casa, como um bom amuleto, aberto em um salmo. Com este uso faz sentido ser bonito e opulento. 
Ostensivo até. 










Penso que é uma meditação válida.
 As editoras não estariam exagerando no luxo de suas capas e artes internas?
Com que intenção se vende as Escrituras?










Para finalizar gostaria de dizer que em tudo temos de ser equilibrados. Radicais só para preservar as verdades internas que nossa consciência percebe. Nossas convicções de fé.
O restante, precisa de equilíbrio. Coerência.
Mas fica um questionamento:
Se é preciso tanta arte e luxo, para que os leitores tenham interesse nas Escrituras, no estariam as Igrejas sendo ineficientes em atrair as pessoas pela mensagem que realmente importa?
Fica o desafio de achar a resposta.







 

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