quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Pastor causa polêmica ao dizer que Bíblia precisa acolher gays



Ed René Kivitz afirmou que gays não deveriam ser condenados ao inferno por "dois ou três textos bíblicos que não foram atualizados"


Paulo Moura - 28/10/2020 11h02 | atualizado em 28/10/2020 17h42
Ed René Kivitz afirmou que a Bíblia precisa ser atualizada Foto: Reprodução

Durante uma pregação feita no último domingo (25), na Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, o pastor Ed René Kivitz causou polêmica ao contestar a doutrina da inerrância da Bíblia (que defende que o livro sagrado é livre de erros e contradições) e dizer que ela precisa ser “atualizada” para que gays deixem de ser condenados ao inferno.

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Na pregação intitulada de “Cartas vivas contra letras mortas”, Kivitz diz que a Palavra de Deus é “insuficiente”, ao afirmar que o grande desafio da igreja contemporânea é ver a Bíblia como um livro “que precisa ser relido, ressignificado”.

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– [A Bíblia é] um livro que precisa ser relido, ressignificado, para que os princípios de vida que esse livro encerra, e que essa revelação encerra, saltem dessas páginas promovendo libertação e justiça e relações de amor no nosso mundo – afirmou.

René Kivitz, então, usa o exemplo da aceitação da homossexualidade e do papel do homem e da mulher no casamento para defender o ponto de vista de que as Escrituras precisam ser atualizadas e com isso seja possível “enfrentar os pecados de gênero”.

– Se queremos ser cartas para o novo mundo, se a Igreja quer ser carta para o novo mundo, nós vamos precisar atualizar a Escritura e vamos ter de fazer essa atualização e ter essa coragem de enfrentar os pecados de gênero – destaca.

Em outro ponto, o pastor também sugere que os gays não deveriam mais ser condenados ao inferno por causa de “dois ou três textos bíblicos que não foram atualizados”.

– Nós vamos ter de ter coragem de enfrentar isso – diz.

Em resposta ao que foi dito por Kivitz, o pastor Renato Vargens, colunista do Pleno.News e sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro, afirmou que é a Bíblia, na verdade quem “nos protege do erro” e que a Escritura Sagrada não precisa ser moldada conforme a cultura.

– A este senhor, como a todos que relativizam as Escrituras, afirmo que a Bíblia continua sendo o escudo que nos protege do erro. Ela é luz para os nossos caminhos e seus ensinos e doutrinas são atemporais. Isso faz com que entendamos que não precisamos moldar o texto sagrado segundo a cultura – completa.

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