domingo, 28 de janeiro de 2018
Igreja Livre: a religiosidade é lamentável.
É esquisito...
• É esquisito como cem reais parecem um valor alto quando você doa para a igreja, mas parece um valor irrisório quando vai às compras.
• É esquisito como duas horas parecem longas quando você está num culto, e como parecem curtas quando está assistindo a um bom filme.
• É esquisito que você não consiga encontrar palavras para expressar-se quando está orando, mas não sente dificuldade nenhuma quando conversa com um amigo.
• É esquisito como é difícil ler um capítulo da Bíblia, mas como é fácil ler um romance popular.
• É esquisito como todos querem sentar nas primeiras fileiras nos concertos e shows, mas querem sentar-se nas última fileiras na igreja.
• É esquisito como precisamos saber sobre algum evento na igreja duas ou três semanas antes para podermos incluí-lo em nossa agenda, mas podemos ajustá-la para quaisquer outros eventos no último minuto.
• É esquisito como é difícil aprender alguma coisa a respeito de Deus e compartilhá-la com os outros, mas como é fácil passar adiante a fofoca.
• É esquisito como acreditamos tudo o que dizem as revistas e os jornais, mas questionamos as palavras da Bíblia.
[Autor desconhecido]
Esse texto me motivou a escrever uma resposta.
Pra começar gostaria de dizer que nenhum desses itens é esquisito. Na verdade são todos muito humanos, no sentido mais carnal da palavra.
Cem reais não vale mais muita coisa. E realmente faz bastante falta no orçamento de qualquer família. Humanamente falando e falando também em matemática, cem reais fazem falta pra qualquer pessoa. Acreditar que não fará falta, só entrando no terreno da fé mística. O poder aquisitivo caiu muito. Cem reais, não vale mais cem reais na verdade.
Acho que duas horas parecem longas num culto em ocasiões em que o pregador não tem carisma, a mensagem não motiva o público, sim, pq num culto religioso vc é publico assistente, não um participante ativo. Duas horas também demoram a passar quando o filme é ruim. E como demoram.
Quando estamos orando não são necessárias muitas palavras. Na verdade nem Jesus gosta de muito palavrório... Até gemidos podem ser orações mais eficazes do que as que usam palavras...
Ler as Escrituras não deve ser encarado como uma leitura banal. Cada palavra tem significado, cada sentença é uma meditação profunda. Penso que na leitura das Escrituras mais pode ser menos muitas vezes. Ler para entretenimento é fácil. Não requer compromisso com a verdade nem transmite palavras eternas. Eu por exemplo costumo ler as Escrituras, voltando várias vezes no mesmo texto, aí a leitura não avança muitas páginas. E nem precisa.
Sobre as últimas fileiras, se me lembro bem Jesus comentou algo sobre isso. Porque faz diferença sentar nas primeiras ou nas últimas? Quem senta nas primeiras é mais espiritual?
Sobre os eventos, este é um problema do templocentrismo. Toda a convivência cristã se reduz a ir ao templo. Para orar, ouvir a Palavra, batizar, casar, dedicar crianças, etc. O sistema trabalha também com a culpa, incutindo na pessoa um peso na consciência se ela não vai ao templo mas prefere ir em.outro lugar.
Sobre a fofoca, isso é tão naturalmente humano como bocejar. Não é esquisito fofocar ao invés de falar da Palavra. É uma condição carnal. Falar da Palavra é espiritual.
Sobre os jornais e as Escrituras é uma comparação muito infeliz. O que sai nos jornais lemos e esquecemos. É só para o momento. O que está nas Escrituras decide toda uma existência e seu destino eterno. Foi algo publicado errado no jornal? Às vezes não é nem relevante. Dane-se. Agora o que diz nas Escrituras se não for verdadeiro ou preciso gera consequências graves impossíveis de mensurar...
Se for interpretado errado então, as consequências são destruidoras.
Penso que esse texto é de autor desconhecido pq ele ficou com vergonha de assinar. É um texto superficial na sua análise, que visa incutir culpa religiosa nas pessoas que o lêem, analisando de forma superficial e preconceituosa as pessoas e suas motivações.
Essa é a análise que faço desse texto. Achei ele lamentável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário