segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Sobre o Facebook e o politicamente correto.
Bom dia. Quero esclarecer algo que aconteceu comigo essa semana e que foi público. Postei uma foto e um comentário no facebook sobre uma exposição de "arte" onde pessoas nuas estavam expostas com velas acesas em orifícios do corpo. Muitas das pessoas que fazem parte do meu facebook comentaram. A imensa maioria contra esse tipo de manifestação "artística". Mas um escreveu uma frase que me incomodou: " arte não pode ser questionada ". Como assim? Porque não? Pode ser questionada sim. Afinal o que é arte? Conheço algumas: música, desenho, teatro, poesia, artes plásticas, escultura, cinema, literatura, e muitas outras correlatas ou derivadas dessas. Ficar peladão em um tablado de madeira para crianças apalparem é arte? Penso que não. Ficar em poses estranhas com uma vela acesa enfiada no ânus é arte? Penso que não. O queer museu é arte? Penso que sim, mas de muito mal gosto. Como assim arte não pode ser questionada? Pode sim e deve. Não está acima do bem e do mal, do certo e errado. Outra consequência dessa " arte" é que estou bloqueado no facebook sem poder publicar, comentar ou curtir nada por 3 dias. Quero avisar a essa geração que não vive sem facebook que sou um dinossauro pré facebook que consegue sim viver sem ele. Que o Senhor Mark Zuckerberg e sua noção impositória de certo e errado não vão me domesticar. E que se tiver de voltar a viver sem facebook, viverei tranquilamente.
Mas não vou em hipótese nenhuma transigir com o que a mídia (entre elas o facebook) está tentando fazer legitimando práticas espúrias em nome da "arte". Não dependo de rede social para ter voz. E tenho voz desde os anos 80. Enquanto houver uma máquina xerox e folhas de papel terei voz. Vai demorar mais? Vai! Mas não vou me render á censura de uma rede social. Eles não vão me dobrar. Fanzines eternamente. Ceroni Cunha
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