segunda-feira, 13 de março de 2017

O lado cristão de Elvis Presley


Centenas de pessoas se aglomeram e ficam na ponta dos pés para observar melhor o ídolo no palco. Jovem ainda, com roupas apertadas, topete alto e danças provocantes, Elvis saboreia seu sucesso. Há pouco tempo, em 1956, a revista Variety coroou o cantor como “Rei do Rock”, título aclamado fervorosamente pelos fãs. Pois, como súditos […]

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Foto: Reprodução
Centenas de pessoas se aglomeram e ficam na ponta dos pés para observar melhor o ídolo no palco. Jovem ainda, com roupas apertadas, topete alto e danças provocantes, Elvis saboreia seu sucesso.
Há pouco tempo, em 1956, a revista Variety coroou o cantor como “Rei do Rock”, título aclamado fervorosamente pelos fãs. Pois, como súditos devotos, os adolescentes que aproveitam o show de Elvis abrem uma faixa que grita “Elvis é o nosso Rei!” E a reação da “majestade” é imediata.
“Existe apenas um Rei!” Esbraveja Elvis após parar a música no meio. Para perplexidade de quem assiste, prossegue: “E esse Rei é Jesus Cristo!”
Paz no vale
Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro de 1935, na cidade de Tupelo, interior do Mississipi, nos Estados Unidos. Seus pais, Vernon Elvis Presley e Gladys Love Smith viviam em uma cabana de 45 Metros quadrados feita de madeira e alugada. Como todos os pobres da época, apegavam-se à sua fé para melhorar a vida.
Assim Elvis foi criado. Dependente da mãe, o menino seguia seu amor de mãos dadas aonde fosse, em geral à escola e à igreja. Gladys e seu filho cantaram no coral religioso até 1948, quando a família migrou para Memphis, a “cidade grande”.
Se em Tupelo Elvis recebia a educação musical da Igreja e de seus tios, que adoravam música negra e o ensinaram a tocar violão, em Memphis o pré-adolescente se tornou fã dos grandes cantores gospels da época.  Os quartetos Statesmen e Blackwood Brothers eram seus prediletos.
Cristão fervoroso que era, Elvis nunca se abalou com a discriminação de seus colegas de escola, que o julgavam pelo cabelo comprido e pelas roupas extravagantes.
Eu acredito
Naquela época, Memphis era um caldeirão musical. A música espiritual negra, o blues, o rockabilly e o gospel sulino transbordavam cada rádio. Essa influência criou um Elvis apaixonado por ritmo, movimento e canto.
O estúdio Sun Recordes permitia que, por 4 dólares (cerca de 8 reais hoje), um disco fosse gravado. Elvis, acompanhado por seu violão, gravou, em 1953, duas músicas como presente de aniversário para sua mãe.
Encantado, o produtor Sam Phillips transformou o adolescente tímido em astro regional. Em 1955, o empresário Tom Parker “comprou” o cantor e nunca mais saiu do seu lado.
Sua mão na minha
Conhecemos muito bem o “Rei do Rock”, mas poucas vezes ouvimos falar sobre um dos mais bem-sucedidos cantores de música gospel da história. Ao longo de toda a sua carreira, Elvis Presley gravou 11 discos do gênero, além de quatro long plays (LPs) e dois extended plays (EPs), somando mais de 80 músicas dedicadas a Cristo.
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Sonny West, autor da biografia “Elvis: What Happened?” (Elvis: O que Aconteceu?, em tradução livre), afirma que o passatempo predileto de Elvis era cantar músicas cristãs. “Todas as noites ele se sentava ao piano e cantava”, diz ele. “Só saíamos dali depois que o dia amanhecia. Elvis realmente amava a música gospel.”
Apesar dessa devoção, suas atitudes foram severamente criticadas, principalmente no início de sua carreira. O cantor chorou várias vezes por ser chamado de vulgar e indecente. Por isso, prometeu à sua mãe que cantaria“Peace in the Valley” (Paz no Vale) na televisão. Mesmo com a rejeição da equipe de tevê em realizar sua vontade, Elvis cantou o louvor, tornando-se, já em 1957, um dos maiores nomes da música cristã.
Chorando na capela
Elvis foi encontrado morto em seu banheiro. Segundo a namorada Ginger Alden, com o livro“A scientific search for the face of Jesus” (“Uma pesquisa científica sobre o rosto de Jesus”, em tradução livre), de Frank O Adams, nas mãos. A causa da morte foi ataque cardíaco, embora dez drogas lícitas tenham sido encontradas em seu organismo.
Após a morte da mãe, em 1958, Elvis se tornou dependente de remédios. Sua dieta e hábitos irregulares, acompanhados por crises existenciais, fizeram dele alvo fácil para o vício. Seus abusos causaram diversas doenças, fazendo com que sua necessidade de remédios aumentasse. O excesso das drogas, como é de se esperar, agravou sua saúde. Perto de sua morte, Elvis tomava três coquetéis de remédios perigosos por dia. “Nos últimos 20 meses de vida, eu receitei mais de 12 mil pílulas de drogas potentes”, garantiu George Nichopoulos, um dos médicos do cantor.
Quão grande tu és
A herança de Elvis se estende até hoje. Não fosse por ele, o rock como é conhecido não existiria.
Elvis já vendeu mais de 1 bilhão de álbuns, recebendo 150 discos de ouro, platina e multiplatina. Desse total, mais de 40% foi vendido fora de seu país de origem, algo nunca conseguido por outro artista. Curiosamente, os únicos três shows de Elvis fora dos Estados Unidos foram realizados no país vizinho Canadá, em 2 dias.
Em relação ao Grammy, maior prêmio da música, Elvis conquistou apenas três: Melhor Performance de Música Sacra, com How Great Thou Art (1967); Melhor Performance Inspirativa, com He Touched Me (1972); e Melhor Performance Inspirativa, com o álbum How Great Thou Art – Live (1974). Todos os prêmios a músicas cristãs (abaixo).
If I Can Dream – Canção gravada logo após o assassinato de Mather Luther King

He Touched Me – Canção premiada com o Grammy em 1972

How Great Thou Art – Canção-título do álbum premiado com o Grammy em 1974

(Fonte: Arca Universal / Portal Padom)

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