segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Assembleia de Deus - Gigante da Fé


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Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Orientaçãocristã evangélica
PolíticaEpiscopal, Presbiteriano e Congregacional
FundadorDaniel Berg e Gunnar Vingren
OrigemBelém, Pará, Brasil 1911 (106 anos)Hot Springs, Arkansas, EUA 1914 (103 anos)
Congregações283.413
Membros12.314.410 no Brasil [1] e 66,383,778 no mundo[2]
Site oficialhttp://cgadb.org.br/
A Assembleia de Deus é uma igreja cristã protestante , sendo a maior denominação protestante e pentecostal no Brasil[3] e no mundo, contabilizando mais de 66 milhões de membros[2][4][5]. Seu caráter histórico descentralizado permite a existência de diversas convenções sob o nome de "Assembleia de Deus". No Brasil o presidente nacional é o Pastor José Wellington Bezerra da Costa, pela CGADB, o bispo Manoel Ferreira pela CONAMAD, entre outros líderes de convenções em âmbito nacional.
As Assembleias surgiram simultaneamente no Brasil (1911) e nos Estados Unidos (1914), se unindo por meio da Associação Mundial da Assembleia de Deus na década de 80 de forma autônoma e independente, e ligadas pela história e pelas crenças expostas na Declaração de Verdades Fundamentais das Assembleias de Deus. Como uma igreja pentecostal, as Assembleias de Deus acreditam no batismo por meio do Espírito Santo, evidenciado por meio do falar em línguas; no arrebatamento da igreja por Cristo e na doutrina da Santa Trindade.
Sua expansão pelo mundo se deu por meio de um forte trabalho missionário, enfatizado pela organização como meio eficaz da pregação do Evangelho e para a expansão do Reino de Deus no mundo.


Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O Movimento Pentecostal[editar | editar código-fonte]

William Seymour, líder do avivamento da rua Azusa
O movimento pentecostal de hoje traça seus vestígios da sua comunidade a uma reunião de oração no Colégio Bíblico Betel em Topeka, Kansas em 1 de janeiro de 1901.[6] Ali, muitos chegaram à conclusão de que falar em línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo. Charles Parham foi o fundador desta escola, que mais tarde iria para Houston, Texas. Apesar da segregação racial em Houston, William J. Seymour, um pregador negro, foi autorizado a assistir a aulas bíblicas de Parham. Seymour viajou para Los Angeles, onde sua pregação provocou o Avivamento da Rua Azusa em 1906. Apesar do trabalho de vários grupos wesleyanos avivalistas, como Parham e D. L. Moody, o início do movimento pentecostal difundido nos Estados Unidos, é geralmente considerado como tendo começado com Seymour no avivamento da rua Azusa.[7]
O avivamento na rua Azusa foi o primeiro avivamento pentecostal a receber atenção significativa, e muitas pessoas de todo o mundo tornaram-se atraídas por ele. A imprensa de Los Angeles deu muita atenção ao avivamento de Seymour, o que ajudou a alimentar o seu crescimento.[8] Um número de novos grupos menores iniciou-se, inspirado nos acontecimentos deste avivamento. Os visitantes internacionais e missionários pentecostais acabariam por trazer estes ensinamentos para outras nações, de modo que praticamente todas as denominações pentecostais clássicas hoje traçam suas raízes históricas no avivamento da rua Azusa.
Logo cedo os pentecostais foram incentivados por seu entendimento de que todo o povo de Deus poderia profetizar nos últimos dias antes da segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as passagens bíblicas sobre o Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que Pedro citou a profecia contida em Joel 2.28
"E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, e os vossos jovens terão visões." (ARC). Assim, quando a experiência de falar em línguas espalhou-se entre os homens e mulheres da rua Azusa, um sentido de urgência tomou conta, quando eles começaram a olhar para a Segunda Vinda de Cristo. No início os pentecostais se viam como peregrinos na sociedade, dedicando-se exclusivamente a preparar o caminho para a volta de Cristo.[9][10]
O Pentecostalismo, como qualquer outro movimento importante, deu origem a um grande número de organizações com diferenças políticas, sociais e teológicas. O movimento inicial foi contracultural: Afro-americanos e as mulheres foram importantes líderes do avivamento da rua Azusa, o que ajudou a espalhar a mensagem Pentecostal muito além de Los Angeles. Com o avivamento começando a diminuir, no entanto, diferenças doutrinárias começaram a surgir como a pressão da evolução social, cultural e político da época começou a afetar a igreja. Como resultado, mais divisões, isolacionismo, sectarismo e mesmo o aumento do extremismo eram aparentes.

Brasil[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Assembleias de Deus (Brasil)

História[editar | editar código-fonte]

A Assembleia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos. A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam na Suécia. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento.[11] A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911[12], juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de ''Missão de Fé Apostólica'', que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se ''Assembleia de Deus'', em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914 em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançou o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.
A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.

Organização denominacional[editar | editar código-fonte]

Gideões Missionários da Última Hora. Um dos maiores eventos religiosos do País, realizado em Camboriú, SC pela Igreja Assembleia de Deus local.
As Assembleias de Deus brasileiras estão organizadas em forma episcopado não-territorial, onde cada Ministério é constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os assuntos são previamente tratados pelo ministério (Convenção local), com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados às assembleias para serem referendados apenas. Os pastores das Assembleias de Deus podem estar ligados ou não às convenções estaduais, e estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional.
As Assembleias de Deus iniciaram cedo seu trabalho missionário, em 1913 enviou um evangelista a Portugal. Desde a década de 1990 os diversos ministérios expandiram em áreas cada vez mais distantes de suas igrejas-mães, plantando igrejas em comunidades imigrantes brasileiras nos Estados Unidos, Europa, Japão, América Latina ou em novas iniciativas missionárias na África e Ásia.
Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por algumas cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982. Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembleias de Deus autônomas e independentes.

Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil[editar | editar código-fonte]

A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) possui sede no Rio de Janeiro (RJ), esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB em 2000 contava com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.
A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. A CGADB também é proprietária da Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito. E no selo Fonográfico a CGADB é proprietária da Patmos Music gravadora que tem sede e estúdios também no Rio de Janeiro (RJ), que tem em seu casting de artistas, dezenas de cantores e cantoras.
A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém-SP (não confundir com a igreja-mãe, Belém do Pará), que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no bairro do Belém na capital paulista, sendo atualmente (2013) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que sucedeu o pastor Cícero Canuto de Lima, que também presidiu a CGADB.
Na área política, alguns deputados federais são membros das Assembleias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em Brasília (DF), que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, há também deputados estaduais e até prefeitos e vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB. No Pleito Eleitoral de 2011, 22 deputados Federais assembleianos foram eleitos para a 54ª Legislatura (2011-2015).
Desde a década de 1980, por razões administrativas, notadamente em virtude do falecimento do pastor Paulo Leivas Macalão e de sua esposa, missionária Zélia, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo já mencionado pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.

Ministério de Madureira[editar | editar código-fonte]

À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede em bairro de mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro), sob a presidência vitalícia do pastor (hoje Bispo) Manoel Ferreira, distanciavam das normas administrativas da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma assembleia geral extraordinária em Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde os pastores da igreja de Madureira foram desligados da CGADB, assim foi instituída a CONAMAD, uma nova convenção nacional assembleiana.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Em Portugal a história dessa denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários portugueses emigrados do Brasil José Plácido da Costa (1913) e José de Matos Caravela (1921) que deram início às ações que resultaram na fundação das Assembleias de Deus em Portugal.
A primeira igreja Assembleia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo missionário José de Matos, também responsável pela fundação das igrejas do Algarve, de Santarém e de Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.
Da ação missionária das Assembleias de Deus em Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas igrejas Assembleias de Deus nacionais em fraterna relação com as coirmãs portuguesas.
Em Portugal o ramo principal é a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a maior denominação evangélica no país. [carece de fontes?]

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Nos Estados Unidos surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o avivamento da rua Azusa, em 1906. Buscando unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e organização legal, o Rev. E. N. Bell com a ajuda de outros líderes convocaram uma Convenção em Hot Springs, Arkansas, entre 2 e 7 de abril de 1914, surgindo ali pela primeira vez o nome Assembleia de Deus. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembleias de Deus), mais tarde sediado em Springfield, Missouri, lugar sede do terceiro Concílio, onde foi feita a Declaração das Verdades Fundamentais[13][14], compartilhada até hoje com a maioria das Assembleias de Deus no mundo.
Essa igreja nos EUA possui hoje, cerca de 2 milhões de membros e envia missionários a vários países do mundo. John Ashcroft, procurador-geral dos Estados Unidos durante o primeiro mandato de George W. Bush, é membro dessa denominação.
As Assemblies of God apresentam algumas diferenças de sua coirmã brasileira: no tocante à administração, não existe o sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a nenhuma outra, mas voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral.

Austrália e Nova Zelândia[editar | editar código-fonte]

Iniciadas em 1937, a Assemblies of God in Australia tem experimentado um crescimento consistente. Ela adotou um novo nome em 2007: Australian Christian Churches e é atualmente constituído por mais de 1.000 igrejas com mais de 280 mil membros, tornando-se o maior movimento pentecostal na Austrália.
Foram fortemente influenciadas por figuras do início do século XX, como a senhora Janet Lancaster, AC Valdez, Smith Wigglesworth, CL Greenwood e PB Duncan, mas nenhum deles eram, individualmente, responsável pela formação das Assembleias de Deus na Austrália .
As Assembleias de Deus na Austrália foram formadas a partir de uma conferência das Assembleias de Deus de Queensland e da Igreja Pentecostal da Austrália em Sydney, na Páscoa de 1937. Foi reconhecido pelos líderes de ambos os movimentos que era necessário um relacionamento mais harmonioso e unificado. CL Greenwood foi eleito o primeiro Presidente das Assembleias de Deus da Austrália e em cada estado foi concedida autonomia em seus próprios assuntos.Nos primeiros anos do movimento, o crescimento foi muito lento, mas firmes alicerces foram estabelecidos. Em 1948, o Bible College Commonwealth foi estabelecido, um seminário a fim de treinar homens e mulheres para o ministério. Vários líderes também surgiram para trazer liderança e direção para o movimento, como Henry Wiggins, Philip Duncan, Edward Irish, James Wallace, Alec Davidson e Ralph Read. Em 1977, quando o Pastor Andrew Evans tornou-se o Superintendente Geral das Assembleias de Deus na Austrália, o movimento experimentado grande crescimento, multiplicando-se por mais de 13 vezes no número de membros e congregados e fundação de mais de 700 igrejas. Em Maio de 1997 Pastor Brian Houston foi eleito o novo Presidente Nacional das Assembleias de Deus na Austrália, e sob a sua liderança, o movimento continuou a crescer e expandir sua influência no século XXI. Pastor Wayne Alcorn foi eleito o novo Presidente Nacional pela Conferência Nacional em abril de 2009.
As Assembleias de Deus na Austrália, são conhecidas pelo engajamento em questões sociais.[15]

Hillsong[editar | editar código-fonte]

Iniciado em 1983 pelo pastor Brian Houston e sua esposa Bobbie Houston, vindos da Nova Zelândia, fundaram o Hills Christian Life Center (centro de vida cristã da montanha), em Sydney, Austrália. Com apenas 45 membros, daí se originou a igreja Hillsong, uma das vertentes das ADs, presente hoje em mais de 90 países.Hoje, o ministério Hillsong é considerado a maior igreja da história da Austrália.
Assim como muitas igrejas, eles também trabalham com pequenos grupos, usando termos como “grupos de conexão” ou, numa terminologia mais comum, “células”
. “A igreja Hillsong continua expandindo e crescendo, a visão permanece a mesma: construir a igreja de Jesus Cristo e abençoar o corpo de Cristo por toda terra”, revelam em seu site oficial.
É possível ter uma visão geral do abrangente trabalho que realizam através de suas três principais conferências anuais: a Conferência anual Hillsong (Hillsong Conference), Conferência de Mulheres “Colour your World” (Colour Conference), e Conferência Hillsong de Homens (Mens Conference). Além desses eventos, acontecem vários outros na estrutura do Hillsong United Youth, o ministério de jovens da igreja.Segundo o que a própria igreja informa, eles estão ativamente envolvidos em construir para a comunidade local de Sydney o “Hillsong Emerge", cujas instalações e programas abrangem desde centros médicos e serviços emergenciais, a programas para drogados e alcoólatras, desenvolvimento pessoal e programas de recuperação”. Hoje, o Emerge chama-se CityCare, e é uma organização sem fins lucrativos baseada em Sydney.
Hillsong United, um dos maiores e mais influentes ministérios de louvor jovem do planeta, é parte da AD Hillsong.
Possui igrejas nas maiores metrópoles do mundo, como Nova York, Moscou e Amsterdã, os membros, em sua maioria são jovens e adolescentes, a igreja pretende abrir uma igreja em São Paulo.[16]

Reino Unido e Irlanda[editar | editar código-fonte]

Organizada em 1924, a Assemblies of God in Great Britain and Ireland cresceu sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários atuando em vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Ceia do Senhor semanalmente.
Existem ainda Assembleias de Deus composta por imigrantes caribenhos e brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a AGGBI.

Doutrina[editar | editar código-fonte]

Santa Ceia.
De acordo com o credo das Assembleias de Deus, entre as verdades fundamentais da denominação, estão a crença:
  1. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (1 Tessalonicenses 2:13);
  2. Num só Deus eterno subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Deuteronômio 6:4, João 14:28, 1 Coríntios 11:3; 15:28);
  3. Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição corporal, ascensão para o céu e deidade (João 20:17, Atos 2:22, 1 Coríntios 15:3);
  4. No pecado que distancia o homem de Deus através da queda, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo (Gênesis 1:26, 27);
  5. Na salvação do homem (Lucas 24:47);
  6. Nas ordenanças da igreja: batismo em águas e santa comunhão (Marcos 16:16, 2 Pedro 1:4);
  7. No batismo no Espírito Santo (Atos 8:12-17);
  8. Na evidência física inicial do batismo no Espírito Santo (1 Coríntios 13:8);
  9. Na santificação do homem através de Cristo Jesus (Hebreus 12:14);
  10. Na igreja e na sua missão como corpo de Cristo e agente de evangelização (Hebreus 12:23);
  11. No ministério chamado e ordenado para a evangelização (Marcos 16:15-20);
  12. Na cura divina como privilégio aos crentes (2 Tessalonicenses 2:9,10);
  13. Na esperança do arrebatamento de todos os fiéis a Deus e a Bíblia Sagrada para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo (Tito 2:3);
  14. No reino milenar de Cristo (Apocalipse 1:7);
  15. No julgamento final (Mateus 25:46);
  16. Nos novos céus e nova terra (Apocalipse 21:22).
A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em pessoas a partir de 15 anos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo, geralmente, com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido de outros dons do Espírito Santo (mateus 7:22,23). A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação (Mateus 24:29-31); e a segunda, visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.
Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis. Os assembleianos, em geral, são contra o aborto voluntário.
A igreja preza a doutrina visual também,em que as mulheres usam saia para que não exiba seu corpo,pois é templo do Espírito Santo.Homens também entram na doutrina,usando especificamente calças e blusas que não contornam o corpo.

Liturgia[editar | editar código-fonte]

Pregação.
Os cultos das Assembleias de Deus se caracterizam por orações, cânticos, testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem manifestações dos dons espirituais, como, por exemplo, profecias e línguas espirituais.
Os cultos têm duração média de 2 horas, sendo divididos em:
  • Oração inicial - Normalmente o pastor ou outro obreiro faz uma oração a Deus.
  • Cânticos iniciais - Utilizando-se a Harpa Cristã, que é o hinário oficial da IEAD.
  • Leitura bíblica (ou palavra introdutória) - Neste momento a leitura do trecho bíblico e inspirada pelo Espírito Santo.
  • Oportunidades de cânticos por grupos de jovens, crianças, senhoras, adolescentes, corais e bandas ou orquestra.
  • Oportunidades de testemunhos por membros - Momento no qual os membros contam o que Deus mudou em suas vidas e vem fazendo, atualmente, por eles.
  • Oportunidade da palavra por membros - Momento no qual membros citam versículos bíblicos e proferem uma rápida palavra sobre o entendimento do texto lido.
  • Louvor e oração pela ofertas.
  • Pregação - O momento mais aguardado do culto em si. Pois é o momento em que o pastor da igreja, ou um obreiro, até mesmo pastores convidados pregam a palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo.
  • Apelo - Convite aos que não são evangélicos a aceitarem a Jesus como único e suficiente Salvador. (Em algumas ADs não se faz apelo, dependendo da corrente teológica que o pastor local segue).
  • Cântico de encerramento e/ou avisos sobre as próximas reuniões.
  • Oração final.
  • Bênção apóstolica (somente dado pelo pastor, ou evangelista ou presbítero em ocasiões especiais).

Novos conceitos a respeito de usos e costumes[editar | editar código-fonte]

Assembleia de Deus do Gama Oeste (Brasília), um exemplo de uma AD 'renovada'.
A Assembleia de Deus vem experimentando, nos últimos dez anos, grandes mudanças comportamentais no que diz respeito a usos e costumes.
A IEAD, há algum tempo, tinha o hábito de inserir como doutrina os usos e costumes, por meio dos quais restringia mais a liberdade das mulheres em questões de vestimenta, cabelo e maquiagem. A igreja dizia que o uso de determinadas roupas e cortes de cabelos, por exemplo, era vaidade. No entanto, com o passar dos anos, percebeu-se que a adoção ou não de determinadas regras por parte das igrejas locais tratava-se mais de uma questão de costume do que de doutrina, pois não feria os fundamentos da fé cristã.
Atualmente, a Assembleia de Deus passa por uma relativação dos usos e costumes, em quanto muitos pastores, ministérios e regiões do país se renovam, outros preferem manter as tradições assembleianas do passado. Contudo, a CGADB ratificou seu estatuto em 2011, e na seção de usos e costumes removeu diversos itens, dando mais liberdade as mulheres, não há mais restrições á calças, jóias e bijuterias, mas recomenda o uso sem exageros [17]. Já a Convenção Nacional, nem sequer cita em sua resolução (na atualidade) usos e costumes, deixando clara a liberdade.[18]
De igual modo, tendem a desaparecer do cenário assembleiano os esteriótipos, á exemplo da televisão, que já foram liberados desde 1990, enquanto algumas igrejas passam a orientar seus adeptos a lerem bons livros e fazerem uso adequado da internet, numa clara demonstração de que as posições radicais e exageradas do passado estão sendo substituídas pelo respeito à liberdade de seus membros usufruírem dos benefícios que a tecnologia põe à disposição da sociedade contemporânea.

A Assembleia de Deus pelo Mundo[editar | editar código-fonte]

Templo central 01.JPG
Percentual da população membro da Assembleia de Deus por estado no Brasil
Ao todo, as Assembleias de Deus têm 64 milhões de membros espalhados no mundo e 363.450 ministros, divididos entre 351.645 igrejas e presentes em 217 países. O Brasil lidera essa lista com 22,5 milhões de membros, de acordo com as estimativas da igreja nos EUA, seguido pela Coreia do Sul com 3,1 milhões[2].
Na América Latina e Caribe, o número de membros chega a 28,8 milhões, o equivalente a 45% do total de assembleianos presentes no planeta. Estes números são alcançados graças ao grande avanço da Assembleia de Deus no Brasil, que detém um pouco mais de 78% desse total. As estimativas apontam ainda mais de 35 mil ministros e mais de 100 mil templos espalhados por todo o país[2].
Veja a lista dos estados que possuem templos da IEAD no site da CGADB.

Referências

  1. Ir para cima «Censo IBGE 2010» (PDF) 
  2. Ir para: a b c d AG Statistical Reports 2012
  3. Ir para cima JACOB, C.R.; HEES, D.R.; WANIEZ, P.; BRUSTLEIN, V.. Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores Sociais no Brasil. São Paulo: PUC-Rio - Edições Loyola, 2003. ISBN 85-15-02719-4
  4. Ir para cima Maiores igrejas do Brasil
  5. Ir para cima Barrett, David. World Christian Encyclopedia. Oxford University Press: London, 2001. Table 1-5, pages 16–18
  6. Ir para cima History of the Assemblies of God
  7. Ir para cima Blumhofer. As Assembléias de Deus: Um Capítulo na História do Pentecostalismo Americano, Volume 1—To 1941. pp.97-112
  8. Ir para cima "Weird Babble of Tongues", Los Angeles Daily Times: April 18, 1906.
  9. Ir para cima Blumhofer, Edith L. Restoring the Faith: The Assemblies of God, pentecostalism, and American culture. The Board of Trustees of the University of Illinois. 1993. 3–5.
  10. Ir para cima Burgess. Encyclopedia of Pentecostal and Charismatic Christianity. 460.
  11. Ir para cima Medcraft, John P. (1987). «The Roots and Fruits of Brazilian Pentecostalism» (PDF). Vox Evangelica. 17: 68 
  12. Ir para cima Corten, André; Echalar, Mariana N. R.. Os pobres e o Espírito Santo: o pentecostalismo no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. 285 p. p. 66. ISBN 85-326-1713-1 (Título Original: Le pentecôtisme au Brésil: émotion du pauvre et romantisme théologique)
  13. Ir para cima A Declaração de Verdades Fundamentais da Assembleia de Deus (em inglês)
  14. Ir para cima 16 Verdades Fundamentais – Texto Condensado (em inglês)
  15. Ir para cima ACC. «ACC | About Us». www.acc.org.au. Consultado em 18 de setembro de 2015 
  16. Ir para cima «Igreja Hillsong está entre as 10 mais influentes do mundo». Consultado em 18 de setembro de 2015 
  17. Ir para cima [1]
  18. Ir para cima [2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Clarke, Peter B. «Assemblies of God». In: Clarke, Peter B. Encyclopedia of New Religious Movements. Londres: Routlege. pp. 48–49. ISBN 9780415267076. Consultado em 6 de dezembro de 2015 

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